quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Linha D


Sexta feira 13, num dia que tinha tudo para ser de azar e bruxaria, acabei por ter um feliz reencontro. Como habitual utilizadora da linha de metro do Porto, saio mais uma vez do escritório fora de horas. Uma jornada de trabalho exaustiva, com muitas reuniões aborrecidas, problemas na alfândega, instabilidade cambial e um director em estado de histeria, uma loucura total.
Perto da hora do metro encerrar, desço a escada rolante, quando oiço uma voz a chamar pelo meu nome. Por segundos, pensei tratar-se de algum equívoco e não dei importância aquela voz. Acelerei o passo e oiço mais uma vez, aquela voz a chamar pelo meu nome e desta vez ainda mais próximo de mim. Não olho para trás e continuo o meu caminho. Chego à plataforma a tremer de medo, mas não tinha alternativa senão averiguar quem estava a chamar por mim.
Olho para trás com um ar de aparente valentia e para minha alegria e satisfação, vejo que se trata do Henrique. Antigo colega de trabalho, que saíra depois de alguns anos, em discordância com a actual administração da empresa que resolveu transferi-lo para a filial de Luanda, em Angola. Como tinha outros planos em mente, acabou por se demitir alguns meses depois. Por instantes, relembrei os anos em que trabalhámos juntos. Muita alegria, boa disposição e alegres jantaradas após o horário de expediente. Fiquei muito feliz com a sua aparição. O último e-mail que me enviara, informava que estava na Escócia ao abrigo de uma bolsa de estudo que o ajudava a custear o doutoramente que optara por fazer, após a saída extemporânea de Luanda.

Com tantas novidades a contar e saudades a matar, sentámo-nos um pouco e o Henrique fez um breve resumo da sua vida durante os últimos tempos. Trocámos algumas confidências e quando lhe perguntei se já se tinha casado, olha para mim com um sorriso enternecedor.
- Ainda não. Estou à tua espera... - murmura ele.
Fitei-o com um olhar assustado. Não estava à espera daquela resposta inusitada. Ele continuou a olhar fixamente para mim e a dizer que tinha vindo à minha procura. Acabou por confessar que já se sentia bastante atraído por mim, desde os tempos em que trabalhávamos juntos. Henrique estava de regresso a Portugal e estava no Porto em busca de um apartamento para se fixar a título definitivo.
Fiquei feliz pelo seu regresso, mas Henrique parecia querer algo mais. Continuava a conversar pausadamente com os olhos fixos nos meus. De repente, aproxima a cabeça na minha direcção e rouba-me um longo e delicioso beijo. Correspondi de imediato. Não iria desperdiçar a oportunidade de ter alguns momentos mais íntimos com aquele homem sedutor. O Henrique continua a beijar-me e a abraçar-me com crescente intensidade. Começo a sentir-me toda molhada e ao deixar descair a mão, apercebo-me que ele está erecto.

Não demos pelo passar do tempo, mas recordo que entrámos no metro que possívelmente seria o último daquele início de madrugada. Ao entrarmos, o leve balanço das carrugens aproximou os nossos corpos ainda mais. Não se via vivalma naquela carruagem.Volto a sentir o seu pénis endurecido a tocar-me numa perna e eu já estava louca para sentir aquele mastro nas minhas entranhas. Ali mesmo, o Henrique colocou a mão por baixo da minha saia, desvia habilmente as cuecas para o lado e mergulhou dois dedos na minha vagina totalmente encharcada. Coloca-me sentada de lado no assento e reparo que ele retira o pénis para fora das calças. Penetra-me profundamente e eu abafo um grito de prazer. Vou sentindo as suas estocadas cada vez mais fortes. Ele aproveita para me apalpar as mamas por cima da fina camisola de lã.
As estações iam passando e nós continuávamos fundidos naquele louco exercício de luxúria. Estávamos quase a chegar ao meu destino final, que era a estação de Salgueiros, quando o Henrique pede que eu me levante e me encoste na janela. Em pé, continuamos a foder desalmadamente e cerca de dois minutos depois, sinto uma forte e quente ejaculação a regar-me a vagina.
Recompomo-nos rapidamente com a respiração ainda ofefante e tentamos alinhar as nossas roupas. Saímos abraçados e rumo a minha casa. Aquele reecontro ainda mal tinha começado...

1 comentário:

Vontade de disse...

Hum, o metro é bastante luminoso... e as paragens constantes... mas é uma ideia interessante.