terça-feira, 15 de setembro de 2009

O


A História de O, da autora francesa Pauline Réage, é uma novela sadomasoquista que veio a público poucos anos antes da morte da autora. Publicada em 1954, em francês, é uma fantasia de submissão feminina de uma fotógrafa parisiense de moda que é vendada, acorrentada, chicoteada, marcada com ferro em brasa, obrigada a usar máscara e ensinada a estar sempre disponível para o sexo oral, vaginal e anal. Trata-se de um clássico do género erótico na linha de Venus in Furs , pois o sadomasoquismo é o seu ponto forte. É sobre uma jovem que no início joga como dominada, mas quanto mais resiste à tortura, mais gosta de ser escrava. Em Fevereiro de 1955, o livro ganhou o prêmio francês de literatura Prix des Deux Magots, embora isso não tenha evitado que as autoridades francesas acusassem o editor de obscenidade. As acusações foram rejeitadas pelos tribunais, mas um boicote publicitário ocorreu durante longos anos. Isso porque a sociedade não teve a cabeça suficientemente aberta para entender os caminhos que a sexualidade pode tomar nos seus momentos mais obscuros. Há dias atrás, aproveitei para reler algumas partes desta obra num local público durante a minha hora de almoço e, acreditem que às tantas dei por mim a olhar sobre o ombro para ver se alguém estava a reparar na minha leitura, tendo em conta alguns trechos verdadeiramente escabrosos.

8 comentários:

Amar Yasmine disse...

Saudações, Senhor!

Seja bem-vindo ao nosso universo de prazeres, onde as palavras de ordem são: Respeito e Cumplicidade.

Espero que faças grandes descobertas e que o prazer seja uma constante em sua vida.

Os trechos da "História de O" que chamas de "escabrosos" são, na verdade, lugar comum nas verdadeiras relações D/s. Todo o prazer é conspirado em favor do outro, como num jogo de Frescobol, onde as regras são para que um jogue para que o outro acerte sempre.

Apareça sempre no DOR EXTREMA PRAZER EXTREMO, Senhor. Virei sempre aqui também.

Doces besos!

Vontade de disse...

Não é uma leitura de jardim ou de esplanada, lá isso é verdade. Do que sei desse mundo, pouco ou nada me seduz. Mas ler um livro............. pode ser que me agradasse.

T disse...

É uma sugestão :)

beijos!

DoisaboresEle disse...

Eu não consigo obter prazer através da dor...mas respeito as opções de cada um...
Beijos saborosos

Casal do Arrocha disse...

Gosto muito não, mas cada um com seu gosto!
rs rs rs
Bjs...

Libertya... disse...

sem duvida que não é o mesmo que ler a Maria numa esplanada, a nivel de conteudo, é apenas mais uma vertente sexual, um pouco mais forte, mas que não deixa de ser válida.
bjs libertos em ti

Libertya... disse...

Ah,não é obra que me fascine, mas cada um com os seus gostos, e gostos não se discutem...
bjs libertos

Gata2000 disse...

Não faz o meu género, mas acho que compreendo bem o que queres dizer quando falas de ter pudor em ler o livro em publico.
Ás vezes dou por mim a pensar, credo se alguém me lê os pensamentos!
LOL