segunda-feira, 29 de junho de 2009

Surpresa!


Ontem, fui surpreendido com a chegada de uma amiga muito especial que atravessou o Atlântico só para me visitar...
Sou um homem de sorte!

domingo, 28 de junho de 2009

Alegria


Quero saber se és capaz de conviver com a alegria, a minha ou a tua, de dançar com total abandono e deixar o êxtase penetrar até a ponta dos teus dedos...

sábado, 27 de junho de 2009

Como me Defines...

Ela diz: resumindo...
Ela diz:
acho-te um tremendo sedutor
Ela diz:
sabes levar uma mulher à loucura
Ela diz: és tão delicado, atencioso
Ela diz:
isto de arranjar adjectivos para te caracterizar, acho dificíl de definir-te por palavras
Ela diz:
excelente companhia, um verdadeiro cavalheiro...

Tragam-me um babete com urgência!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dunas II


Por baixo da t-shirt, fez subir uma das mãos passando a acariciar todo o meu peito liso, sem pêlos, demorando-se um pouco mais nos meus mamilos, que beliscou suavemente com a ponta dos dedos. E tudo isso sem que eu manifestasse qualquer gesto de desaprovação, mantendo até uma certa frieza que a deixou momentaneamente desajeitada. Apesar de tudo, percebeu que os seus modos não estavam a desagradar e insistiu. Tirou-me a t-shirt e lançou a boca de encontro ao peito, arrebatando-o. Beijou-o sucessivamente e passou com a língua em movimentos rápidos nos mamilos, não deixando de os acariciar ao de leve com os seus dentes magníficos.
Eu reflecti as carícias ao fechar os olhos e tombando a cabeça para trás. Não conseguindo manter a minha esforçada apatia por mais tempo, levei uma mão a um dos seios da rapariga, o que a fez soltar um gemido como que a dizer que eu estava no bom caminho. Mas nessa altura eu já dispensava os incentivos, já estava cheio de tesão. Com o auxílio da outra mão desapertei o precário nó da blusa, que se abriu de imediato, expondo um belo e irresistível busto.
Ela deixou cair na areia a indumentária solta e, tentando recuperar os breves instantes em que me teve de largar para sacudir a blusa, procurou com avidez a minha boca e envolvemo-nos como velhos apaixonados no momentos do reecontro após um longo afastamento.
A sentir a minha boca livre, fui ao encontro das mamas redondas e suculentas, apalpando-as alternadamente, o que a deixou em êxtase. Foi então que ela se deixou cair, arrastando-me consigo.

As ondas mansas sucediam-se e morriam a nossos pés, já completamente embrenhados um no outro. Tínhamos por nossa conta todo o imenso areal. De um lado o Atlântico, do outro as dunas e a mata. O chilrear de algumas aves era o único concorrente aos sons que íamos produzindo na nossa investida, já que o mar calmo quase não se fazia ouvir.
Acomodados na areia, ora sentados ora deitados, fomos tirando o que restava do nosso vestuário enquanto nos íamos tocando e beijando. Ajudo-a a tirar os calções, que lhe ficavam apertados nas nádegas, deixando-a apenas umas cuecas fio dental tão reduzidas, que mal conseguiam cobrir os poucos pêlos púbicos deixados pela última depilação.
Antes de tirar a peça que lhe cobria a intimidade, coloco-a de quatro, afasto-lhe as pernas ligeiramente e avanço com a mão direita para a área vaginal. Queria sentir a textura das cuecas em contacto com as partes sedutoramente moles que mal conseguiam cobrir. Ela soltava gemidos abafados e eu persistia, pressionando os dedos em movimentos lentos de cima para baixo e vice-versa, ao longo de toda a vulva, enquanto os sons mais perceptíveis do prazer feminino se iam libertando.

Não demorou muito para que eu sentisse uma mancha de humidade viscosa com alguma consistência no tecido em que tocava. Afastei a tanga para o lado e dei início a um contacto directo dos dedos com o seu sexo. Acariciei toda a área exterior e fui introduzindo um ou mais dedos em movimentos rápidos, o que fez com que ela se esquecesse de quase tudo. Tudo o confirmava menos as palavras, que continuavam ausentes. Eram os gemidos cada vez mais audíveis e contínuos, e os movimentos corporais ainda mais bruscos e desconexos. Eu ia-me divertindo com a situação. Testava e explorava a rapariga com muita calma. Aferia até onde ela poderia chegar sem que me suplicasse para que a possuísse. Pensei não ter de esperar muito, e não me enganei:
- Vem...me come. Vai - pediu ela.
Mas eu continuei a minha leve tortura. Por isso, alguns segundos depois, ela insistiu:
- Por favor.... - porém, eu mantenho-me em silêncio e nada fiz a não ser dar continuidade àquilo que parecia ter tomado como minha missão.
- Eu não aguento mais, querido... - disse, com a respiração acelerada.
- Agora acho que te estou a reconhecer. Tenho quase a certeza que trabalhas no escritório da obra... - digo calmamente, parecendo deveras interessado em confirmar a minha dúvida e se como se fosse aquela a questão mais urgente no momento.
- Sim, sim, sim...me fode agora, vá... - continuou ela, enquanto passava a mão direita por ambos os seios, apertando à passagem os mamilos de modo algo rude.

- Só se me disseres como é que vieste aqui parar - sentenciei, não deixando de sorrir, qual sádico que se deleita com o sofrimento da sua vítima. Nunca, em momento algum, a deixei de acariciar intensamente.
Ela apenas abriu ligeiramente os olhos, como se não quisesse acreditar que aquilo lhe estava a acontecer. E eu repeti, murmurando:
- Quero saber quem te trouxe até aqui. Diz-me apenas isso e eu faço-te tudo o que quiseres.
- Foi o senhor Morten - respondeu com os olhos cerrados, desejando saciar rapidamente a curiosidade do seu amante. Eu ainda não estava muito convencido e, não deixando de bulir na sua vagina, continuo com um sorriso mordaz e com uma serenidade fora de contexto:
- O Morten? Não me parece que ele tenha ideias deste tipo.
- Acredite em mim. Foi um dos noruegueses que mandam na obra que pediu para eu lhe fazer um agrado e me trouxe até aqui.
- Ah, seus sacanas! Então, vamos lá minha linda...tu mereces, mas no buggy, que aqui há muita areia. Mas ainda nem me disseste o teu nome...
- Meu nome Adriana. A partir de hoje serei a sua puta e me terá sempre que desejar...
- O meu nome já o deves saber. Anda daí, vou fazer de ti a minha puta!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dunas I


Apesar das obras iniciais terem decorrido sem grandes transtornos, só ao fim de nove meses os primeiros pilares dos edifícios se mostraram. Foi também levantasa a vedação de toda a propriedade com arame farpado e estacas de madeira. Foram ainda traçadas as bases de todas as estruturas de lazer, bem como os caminhos e estradas que tudo ligariam e cuja conclusão ficaria para uma fase mais adiantada do projecto daquele condomínio.
Foi numa tarde de sol radioso e um céu em tons de azuis vibrantes que eu, cansado de observar a azáfama das obras, sem informar quem quer que fosse, entrei no buggy e segui ao longo da praia imensa e deserta naquele dia de semana. O empreendimento estava a ser construído por dois sócios noruegueses e eu ia todas as semanas visitar o andamento da construção, com o intuito de informar alguns clientes que me pediam informações sobre os prazos de entrega das moradias.
Ultrapassei o poste de demarcação da propriedade, que era sempre tocado pela água na maré alta. Lá bem no alto das dunas, uma enorme placa de madeira escura indicava o nome daquele local, cuja inviolabilidade se pretendia preservar: Refúgio do Siri, lia-se em tinta branca e gorda.

Ao fim de alguns quilómetros, parei, saí da viatura e resolvi prosseguir a pé, o que fiz durante largas centenas de metros. Desde que abandonara a obra não voltara a ver viva alma nas redondezas. Quando me cansei, por me convencer de que jamais chegaria a algum lugar que não tivesse dunas, água e matagal, resolvi inverter o sentido da caminhada e dirigir-me para o veículo, que já perdera de vista há muito, devido a uma curvatura acentuada da linha de costa.
Caminhava pelo areal, descalço com os chinelos nas mãos e sorria. Para mim, o Brasil era aquilo. Calor, sol, o mar de águas mornas e uma infinita sensação de liberdade difícil de definir em palavras. Mergulhado nestes pensamentos, que me abstraíram por alguns minutos de todo o cenário envolvente, nem dei conta que já passara o local onde deixara o buggy e não o vira, nem podia pois ele não estava lá. Fui então desperto pelo ronco de um motor a aproximar-se, vindo do coqueiral. Olhei: o meu buggy era conduzindo por uma jovem que não aparentava ter mais de vinte anos. O veículo parou perto de mim, que, atónito, tentava voltar à realidade por continar sem perceber o que se passava.

- Acho que o senhor anda à minha procura...o senhor não devia deixar seu buggy por aí com a chave na ignição - avançou sedutora e com um contagiante sorriso, no seu português açucarado. Enquanto falava, a rapariga passou para o lugar do pendura e bateu com a mão no assento do condutor, como que a chamar-me para o seu lado.
- Antes de mais, gostaria de saber quem você é... - respondo por fim, com voz áspera, resistindo ao convite e optei por me aproximar da frente da viatura.
- Sou a mulher de que o senhor precisa - respondeu expedita, fazendo alastrar o sorriso a todo o rosto.
- Espera um pouco...gostaria de saber o que fazes no meu buggy. Espero que não esteja ali ninguém escondido no coqueiral! - de repente, fiquei assustado com a perspectiva de um assalto.
- Calma! Estou sozinha, mas se quiser posso ir buscar uma amiga - a mulher preferiu levar a pergunta para uma matéria que daria indicações sobre as suas intenções, desvalorizando os meus receios.
- Não sei onde foste tirar essa ideia de que preciso de mulher... - finalmente eu caí em mim e optei por me sintonizar com o espírito que adivinhei ser o dela. Não consegui ser contagiado por um misto de ingenuidade e volúpia que emanava da rapariga.
- Achei você uma graça e seus olhos são lindos demais. Gostei de você desde que o vi pela primeira vez. Além disso, homem que gosta de mulher ao fim de uma semana sozinho já está necessitado... - lançou em jeito de desafio e provocação.
- Mas nada te garante que eu gosto de ti - atirei sorrindo, beliscando propositadamente o ego feminino. Todavia, ela não se mostrou minimamente incomodada, parecia mesmo que vinha preparada para uma reacção deste tipo. Aliás, apesar da sua juventude, parecia precavida para tudo e respondeu:
- Os olhos nunca mentem!
- Gostaria de saber como uma mulher tão jovem já sabe ler os olhos de um homem...
- Há coisas que uma mulher tem que aprender cedo - replicou, firme, mantendo um olhar fixo em mim.
- Está bem, acho que entendi - eu parecia pronto a baixar a guarda, porém recompus-me rapidamente e voltei a atacar:
- Só uma dúvida que eu tenho...não entendo como é que apareceste aqui sozinha nesta praia deserta.

A rapariga saíu do buggy e avançou lentamente para mim, exibindo toda a sua feminilidade e beleza. Tinha cerca de um metro e setenta de altura e vinha com os pés descalços, o que lhe dava uma graça natural, quase selvagem, em sintonia com a paisagem envolvente. Vestia uns calções curtos de ganga coçada de um azul esbranquiçado, que deixavam a descoberto umas coxas grossas, cativantes, e uma blusa fina de cores claras, apertada à frente com um nó, deixando ver grande parte dos seios volumosos. Destacavam-se no tecido fino, dois pequenos relevos provocados pelos mamilos erectos. O cabelo preto com reflexos azulados cobria-lhe parcialmente o pescoço. O rosto redondo de pele sedosa continuava sorridente, mas grande parte da confiança que mostrara até ali fora-se com a distância que a separava de mim.
- Você fala de mais...isso agora não interessa para nada - respondeu, melosa e ainda assim de voz firme, enquanto me subia a t-shirt, sem pedir licença e sem que eu fosse capaz de reagir.

Continua...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Suave Tristeza


Que suave é a tristeza
Que sai desse teu olhar
Desse rosto de princesa
Cansado de olhar o mar
Dão as ondas a certeza
De a maré nunca acabar
Fica-te uma esperança acesa
A de ver o amor voltar
A de ver o amor voltar
Lá ao longe que beleza
Põe-se o sol nasce o luar
Mas nem por isso a princesa
Deixa de olhar o mar
Amanhece um céu turquesa
As estrelas vão descansar
Só não repousa a princesa
Escrava deste seu amar
Na esperança de o amor voltar
Escrava deste seu amar
Na esperança de o amor voltar.

Madredeus

domingo, 21 de junho de 2009

Mulheres Marcantes


- Estás muito bonita! Fazes-me lembrar um tango de Arola que eu ouvia no cabaré 'Parda Flora', em Buenos Aires.
- Talvez houvesse por lá alguém parecido comigo?
- Não. É precisamente por não te pareceres com ninguém que gostaria de te encontrar sempre. Em toda a parte.
Corto Maltese

sábado, 20 de junho de 2009

Nathalie


Catherine (Fanny Ardant) é uma bela mulher que parece ter tudo na vida: uma carreira bem sucedida e um casamento que já dura vinte e cinco anos. Até ao dia em que descobre que Bernard (Gérard Depardieu), o seu marido, está a ter um caso com outra mulher. O mundo de Catherine desmorona como um castelo de areia e ela apercebe-se que vive uma vida de aparências. Decide então, contratar uma prostituta sedutora (Emmanuelle Béart) para seduzir o marido e descobrir tudo sobre ele, quem realmente é aquele homem com quem divide uma vida a dois. Sob o pseudónimo de Nathalie, a meretriz seduz o conservador Bernard e envia informações regulares para a sua esposa. Mas Catherine, rapidamente se apercebe, que ela poderá não ser a única a manipular a situação.
Já tinha visto este filme no cinema, mas ontem, tive a oportunidade de o rever em DVD e deliciar-me novamente com o seu enigmático enredo, repleto de erotismo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Confissões no MSN

Ela diz:
encontrar você
Ela diz:
nessa altura da vida
Ela diz:
tem sido instigante, apesar das impossibilidades
Ela diz:
é uma verdade poética
Ela diz:
eu tenho dado uma conotação poética ao nosso encontro
Ela diz:
amoroso
Ela diz:
tenho cuidado para não derramar
Ela diz:
mas é isso mesmo
Ela diz:
há uma ligação muito forte

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Colombiana


Domingo chuvoso na capital do sol. Aguardo pacientemente na fila do check-in do voo da TAM, que me levará a Brasília. Na capital federal, aguardam-me algumas reuniões no dia seguinte que me irão preencher o dia por completo. Dedicaria a segunda-feira ao trabalho e aproveitaria a terça-feira para conhecer a fundo a capital brasileira. No dia seguinte, estaria de regresso a Natal para retomar as minhas rotinas.
Após ter cumprido as formalidades no balcão da companhia aérea, dirijo-me vagarosamente para a sala de embarque. Dou de caras com alguns políticos estaduais que estariam de regresso ao distrito federal para mais um semana de trabalho. Na outra extremidade da fila de cadeiras onde me encontro sentado, está uma mulher que chama a minha atenção. Pele morena, cabelos negros e encaracolados que lhe batem pelo meio das costas e um corpo magnifícamente torneado. Ela surpreende o meu olhar e eu refugio-me discretamente no jornal que trazia comigo. No entanto, os textos pareciam-me desconexos. A minha atenção tinha sido momentaneamente transferida para aquela mulher. Sorrateiramente, continuava a observá-la. Tinha um rosto simpático e uma sensualidade natural, uma daquelas mulheres que não precisa de grandes artifificialismos para ser atraente. Um sorriso ténue moldava-lhe uns lábios grossos e ligeiramente rosados. Subitamente, ela volta o rosto na minha direcção e surpreende-me mais uma vez a olhar para ela. Sorri abertamente, mostrando uma perfeita fileira de dentes cor de pérola. Sinto-me enrubescer e retribuo com um esgar facial que suponho ter sido perfeitamente ridículo.

Entretanto, uma voz monocórdica chama os passageiros para o embarque final. As pessoas vão formando fila e seguem caminho para o interior do avião. É-me destinado um dos lugares na rectaguarda da aeronave. Enquanto guardo as minhas coisas na bagageira acima da minha poltrona, olho em redor. Queria saber onde se iria sentar aquela morena que tinha chamado a minha atenção. Vejo-a a avançar lentamente, procurando o número do seu assento. Curiosamente, senta-se do lado contrário de onde eu me encontrava e duas filas mais atrás. Alguns minutos mais tarde, estamos no ar. Durante a primeira meia hora de voo, cruzamos os nossos olhares por mais duas ou três vezes. O lugar ao meu lado tinha ficado vazio e ocorre-me uma ideia. Olho para trás novamente e observo que ela está sentada ao lado de uma senhora de meia idade. Encho-me de coragem, abro um sorriso e faço sinal para que se sente do meu lado. Ela devolve o sorriso e acena com a cabeça num sinal afirmativo.
Quando se senta a meu lado, sou surpreendido com um caloroso cumprimento em espanhol. Pela aparência física julguei tratar-se de uma brasileira. Possuo apenas noções elementares da língua castelhana mas faria um esforço para manter um diálogo coerente. Começamos pelas apresentações. Elisa era colombiana e diplomata creditada na embaixada do seu país em Brasília. Não me adiantou a idade, mas calculei que deveria ter uns trinta e poucos anos. Disse-me que tinha passado as últimas duas semanas de férias e tinha aproveitado para conhecer o nordeste brasileiro. Ela também ficou espantada quando lhe digo que sou português e confessou ser grande conhecedora da obra de Fernando Pessoa. Aproveitamos para partilhar algumas opiniões sobre o Brasil na óptica de estrangeiros residentes, falamos do nosso trabalho e de nossas cidades de origem.

A conversa fluiu solta e descontraída como se fossemos amigos de longa data. De vez em quando, pedia-lhe para falar mais devagar porque sentia algumas dificuldades para a compreender. Por mim, a viagem poderia ter durado umas dez horas que eu não me importaria nada. Elisa era uma conversadora nata e tinha o dom de encantar com as palavras, o que contrastava com a minha habitual contenção no uso das palavras. Eu deliciava-me a observar uma pequena covinha que ela fazia na bochecha direita quando sorria.
A viagem foi rápida demais. Quando me apercebo estamos a aterrar no aeroporto Juscelino Kubistchek. Saímos do avião e vamos para o salão de desembarque com o intuito de aguardar as bagagens. Continuamos a nossa conversa. De pé, dava para apreciar ainda melhor a silhueta de Elisa que era verdadeiramente tentadora.
Na saída do aeroporto, quando me preparava para fazer as despedidas e apanhar um táxi, ela pergunta-me onde eu iria ficar hospedado e se necessitava de transporte. Reparo que acaba de chegar um carro preto, com matrícula diplomática que estaciona junto dela. Tento declinar o convite mas ela insiste em acompanhar-me até ao hotel. Era a minha primeira vez em Brasília e retiro do bolso um papel onde tinha anotado a morada do Quality Resort Lakeside, onde ficaria hospedado. Ela olha e diz que sabe perfeitamente onde fica. Pede ao motorista para colocar a minha mala na bagageira do automóvel, instalamo-nos no banco traseiro e seguimos viagem para o Setor de Hóteis e Turismo Norte.
Na chegada à portaria do hotel, Elisa pergunta-me até quando eu ficaria na cidade. Respondo-lhe que regressaria a Natal na quarta-feira seguinte. Pergunta se pode ficar com o meu número de telemóvel e se me poderia ligar. Com um sorriso, respondo-lhe que me poderia ligar à hora que quisesse. Ela anota o meu número, despede-se com um caloroso beijo no meu rosto e mete-se dentro do carro que arranca velozmente.

Os dias em Brasília decorreram dentro da normalidade. Cumpri a minha agenda e aproveitei a véspera da partida para conhecer a magnífica arquitectura daquela cidade. Elisa ainda pairava na minha memória mas já tinha perdido as esperanças que me ligasse. No entanto, ao final da tarde de terça-feira, recebo uma chamada de Elisa. Começou por se desculpar por me estar a ligar muito em cima da hora, mas que gostaria de me convidar para jantar num restaurante português que lhe tinham aconselhado. Não hesitei por um segundo e aceitei o convite. Seria o encerramento com chave de ouro daquela viagem. Disse que passaria no hotel daí a duas horas e num tom provocador, pede que eu me ponha bonito para ela. Não resisto a soltar uma sonora gargalhada e digo-lhe que espero o mesmo por parte dela.
Quando chego ao quarto do hotel, aproveito para tomar um banho demorado, barbear-me e vestir um fato que tinha trazido na bagagem. Olho-me no espelho e gosto do resultado final. Com uma pontualidade britânica, Elisa liga-me às oito horas em ponto. Estava na recepção à minha espera. Antes de sair do quarto, aproveito para me perfumar um pouco e desço ao encontro da colombiana. Quase que não a reconhecia. No dia da chegada à Brasília, apresentava-se com roupas mais leves. Naquela noite, estava com um elegante conjunto de saia e casaco de cor cinza, bem adequado às suas funções na embaixada. O cabelo estava muito esticado e preso num rabo de cavalo, que lhe realçava ainda mais, as harmoniosas linhas do rosto e a tez morena.

Ela leva-me a jantar no restaurante Sagres, que fazia jus às melhores tradições da culinária portuguesa. Uma vez mais, a nossa conversa decorria de modo alegre e espontâneo. Elisa não parava de elogiar o vinho alentejano escolhido por mim e, dizia-me sorridente que não se responsabilizaria por suas acções se eu pedisse uma segunda garrafa. Para prolongar ainda mais aquela conversa deliciosa, acabou por vir a segunda garrafa. Os olhares tornavam-se mais insistentes e provocadores. Num lampejo de ousadia, peço que passe a noite comigo. Os efeitos de desinibição provocados pelo álcool já se faziam sentir no meu organismo. Confesso-lhe em voz baixa, que a tinha desejado desde o momento em que a tinha avistado no aeroporto. Ela inclina a cabeça tímidamente, pega na minha mão, inclina-se sobre a mesa e diz-me que será melhor pedirmos a conta.
No regresso ao hotel, poucas palavras. Éramos dois adultos e sabíamos perfeitamente qual seria o desfecho daquela noite. Quando entramos no quarto, encosto-a bruscamente contra a parede e procuro sofregamente os seus lábios. Sentia uma tesão avassaladora tomar conta de mim. Viro-a de costas, subo a saia, desvio-lhe as cuecas para o lado e penetro-a por trás com toda a pujança. Precisa dar vazão aquele meu lado animalesco. Elisa não parecia incomodada com os meus ímpetos e correspondia na perfeição. Estava ali uma ilustração do que é o sexo animal de dois corpos que se desejam. Não demorei para soltar o meu gozo dentro dela.

Depois daqueles breves minutos de cópula intensa em que tínhamos saciado os nossos instintos mais primários, vamos para a casa de banho e tomamos um banho. Agora, bastante mais calmos, trocamos beijos intensos e vamos descobrindo os nossos corpos com carícias fogosas. Deliciosa aquela sensação de intimimidade debaixo do chuveiro.
Um pouco depois, estamos estendidos na cama. Eu observava e acariciava cada curvatura daquele corpo magnífico. Elisa ficava ainda mais bonita com o cabelo molhado. Aquele fulgor dos momentos iniciais é substituída por uma acalmia que nos fazia trilhar os caminhos do prazer sem pressas e com muito carinho. Dedico-me a percorrer-lhe o corpo com a língua. Invertemos posições e devoramos os sexos simultaneamente. Arranco-lhe gritos de prazer num orgasmo que inundou o meu rosto de mel e aromas inebriantes.
Avanço para cima de Elisa e penetro-a carinhosamente. Ela pede que a beije mais ainda. Uma perfeita fusão de corpos que encaixavam num sublime exercício de luxúria..Passamos o resto da noite nas mais diversas posições e descobrindo as mais variadas cambiantes do prazer. Custava a acreditar que tudo aquilo tinha tido início num cruzar de olhares. Dava quase a sensação de já termos sido amantes numa reencarnação anterior que se tinha resdescoberto num aeroporto. Acabamos por adormecer profundamente após o último orgasmo da noite que nos deixou completamente exaustos.
Na manhã seguinte, acordo com a boca extremamente seca e noto a ausência de Elisa no quarto. Tinha deixado um pequeno bilhete na cabeceira em que se despedia de mim em palavras ternas. Registou os seus contactos e expressou o desejo de me voltar a ver um dia, em Cartagena, a sua cidade natal. Duvido que ela saiba que até hoje, ainda sonho com esse reecontro nas areias do Caribe colombiano.



segunda-feira, 15 de junho de 2009

E o Verbo Criou a Mulher


Recuemos até ao ano de 1996, para recordar este magnífico tema dos Diva. Uma interessante conjunção das vozes de Natália Casanova e Adolfo Luxúria Canibal.

domingo, 14 de junho de 2009

Lucrécia


Cheguei com meia hora de atraso. Esperavas por mim, junto ao bar do hotel. Cumprimentas-me meio envergonhada e trato de cumprir as formalidades na recepção. Subimos no elevador até ao quarto piso. Durante algumas horas, o quarto 405, seria o nosso refúgio secreto. O nosso encontro anterior tinha criado boas expectativas em relação a este momento. Acima de tudo queria ser o teu refúgio, a tua fuga para a liberdade e fantasia ainda que condicionados pelos ponteiros do relógio.
Espreitas pela janela. Vou por trás de ti e beijo-te a nuca. Sinto o teu doce aroma que faz despontar o meu desejo. Queria o teu pensamento focado unicamente dentro daquelas quatro paredes e vais correspondendo às minhas suaves carícias. Vamo-nos despindo mutuamente e trocando alguns beijos. Aprecio a tua pele macia, os seios pequenos e delicados e a suave curvatura dos teu pés. Convidas-me para um banho na tua companhia. Embalados pela água tépida, viajamos pela descoberta dos recantos dos nossos corpos. Um sensual jogo de toque e troca de olhares que eram o prenúncio de alguma intimidade que se ia instalando entre nós. Conquistas-me com ternura e devoção. Sinto-me acarinhado e alvo das tua atenções quando me estendes a toalha e te prestas a secar o meu corpo.

Avançamos sem pressas para a cama que nos aguardava. Beijamo-nos ferverosamente e trato de descobrir o teu corpo delicado com a minha boca. Acredito que não exista um espaço do teu corpo que não tenha percorrido com a língua e a ponta dos meus dedos. Lentamente, vou sentido o cheiro do teu desejo e a temperatura dos corpos aumenta exponencialmente. Agrada-me a maneira como os teus mamilos reagem ao meu toque e aos afagos da minha boca. Avanço mais para baixo e afundo a minha boca no teu sexo totalmente depilado. Provo do teu mel delicioso e sorvo os teus lábios mais íntimos. Perco a noção do tempo que dedico a explorar a tua vulva e apoveito para te fustigar com os meus dedos. Não tardou para que quisesses provar a minha vara que ansiava pela tua boca aveludada. Fico enternecido com o olhar de menina curiosa que lanças ao meu corpo e enlouquesces-me com o apetite voraz com que me tratas.
Fecho os olhos e deixo-me conduzir numa viagem de prazer. Percorres o meu membro com mestria. Provocas-me pequenos espamos de prazer e sinto o meu corpo leve e solto de qualquer tensão.
Peço para invertermos as posições e devoramo-nos de forma insana. Chupo tudo o que me aparece na frente e noto que correspondes ao meu entusiasmo.

Estou em erecção máxima e desejo ardentemente penetrar as tuas entranhas. Peço que venhas para cima de mim. Finalmente consigo sentir o teu calor, o pulsar do teu sexo. Damos as mãos e cavalgas sem pudores, sentindo-me a tocar no fundo. Devido a toda a estimulação anterior não consigo aguentar muito tempo e acabo por ejacular intensamente.
Ficamos quietos sob a penumbra do quarto. Trocamos olhares cúmplices e muitos beijos. A tua boca é um vício delicioso e tenho dificuldades para soltar os meus lábios dos teus. Provocas a minha líbido e foi com rapidez que me restabeleci e sentia vontade de te possuir mais uma vez. Não tínhamos pressa e dedicamo-nos a pequenos jogos sensuais. Agradou-me a forma como a tua vagina reagia depressa aos meus afagos. Avanças mais uma vez para o meu mastro que estava rendido à tua boca deliciosa.
Sinto vontade de te penetrar mais uma vez. Quero que sintas o meu peso sobre ti e que sintas a intensidade do meu olhar. Abraçamo-nos num delicioso exercício de cópula que se inicia de forma suave e termina selvaticamente, contigo de quatro, toda aberta para mim e sendo fustigada com fortes bombadas.

Por esta altura devíamos estar perfeitamente saciados. Correspondias em pleno às minhas expectativas. Uma bela ninfa que se entregava a mim, perfeitamente alheia às suas realidades terrenas. Eras minha dentro daquelas quatro paredes e eu também me entregava por completo aos teus encantos, envolvendo-me na totalidade. Preenchemos as pausas com conversas bem humoradas, olhares cúmplices e carícias.
Ainda houve tempo de te sentir mais duas vezes. Um avassalador exercício de luxúria que nos levou ao delírio e exaustão. O ritmo cardíaco batia descompassadamente. As respirações eram ofegantes e gemíamos de prazer genuíno. Termino a cavalgar-te furiosamente por trás. Dizias que não aguentavas mais. Acabamos por gozar em simultâneo e deixo-me tombar na cama com os músculos das pernas a pedirem clemência. Abraçamo-nos carinhosamente e satisfeitos pelos resultados de mais um encontro secreto.
Brindas-me com mais um banho delicioso e percorres as minhas costas com beijos. Estava rendido ao teu poder de sedução, eras o fruto proibido que se tornava realidade.
Alguns minutos mais tarde, despedíamo-nos num local movimentado. Nem um rasto de nostalgia no ar. Acredito que este tenha sido apenas o primeiro capítulo da nossa história que se reinventará noutros lugares e com prazeres redobrados.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ao Sul


Nunca escondi o facto de ser um lisboeta perdido a norte. Sinto a falta da luz e das tonalidades claras de Lisboa. Quero-me afastar, nem que seja por breves dias, do sotaque carregado e das ambiências escuras que o granito imprime à capital nortenha. Gosto daquela miscelânea de raças, tribos e classes sociais que conferem uma ambiência única à capital.
Hoje quero descer a avenida para ver as marchas e subir rumo aos bairros populares, para sentir o aroma das sardinhas assadas e escutar a alegria do bailaricos populares, na companhia dos amigos que me afagam a alma e me fazem rir a valer. Vou retemperar forças e rever espaços que fazem parte da minha própria história. Amanhecer o dia em locais que funcionaram como uma escola de vida para mim e que tantas aventuras me proporcionaram. Revisitar memórias e reinventar o meu futuro que sei que será radioso.
Sinto-me feliz. Vou descendo suavemente. Rumo ao sul...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O Segundo Passo


Hoje aguardarei serenamente por ti. Quero sentir novamente o teu doce aroma, beijar e acariciar a tua nuca. Observar os arrepios que provoco na tua pele, fazendo a temperatura dos corpos aumentar. Provar o sabor do teu beijo e saber que somos cúmplices neste nosso segredo proibido. Anseio pelo teu corpo e quero que estremeças de prazer comigo. Uma fusão de corpo e alma que nos fará esquecer o mundo que nos rodeia. A doce embriaguez que a saliva e o suor nos fará sentir. Desejo a cumplicidade do teu olhar e o teu sorriso de menina marota. Guardarei o melhor que tenho a oferecer para ti. Esta noite serás a minha eleita no nosso segundo encontro proibido.
Até logo, Lucrécia!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sexphone


Fazia pouco tempo que conhecia a Cláudia. Tínhamos os nossos primeiros encontros furtivos em móteis da cidade, ao final da tarde. Paralelamente, eu mantinha um contacto com a Maria, uma portuguesa que conhecera por intermédio da internet. Há mais de um ano que mantínhamos conversas frequentes pelo msn e por telefone. Depressa descobri que Maria tinha algumas carências afectivas e que eu me ia tornando uma fantasia distante, embora com um imaginário sexual bastante semelhante ao dela. Em algumas ocasiões, ela ligava-me a meio da madrugada para termos algumas conversas telefónicas picantes que lhe proporcionavam orgasmos intensos. Porém, eu tinha plena noção que tudo aquilo nunca iria evoluir. Eu tornavava-me cada vez mais um personagem misterioso e virtual que lhe alimentava algumas fantasias sórdidas.
Nunca lhe escondi que tinha alguns casos e algumas das vezes, era a própria Maria que me pedia para lhe relatar os pormenores. Cláudia também sabia que eu mantinha um contacto estreito com Maria, embora isso lhe causasse um certo incómodo.

Também me ia apercebendo que Maria ia tendo alguns ciúmes em relação à Cláudia. Ela apercebera-se que não se tratava de mais um caso, era algo que ia muito além do sexo. No entanto, a dada altura, ele pede para eu lhe realizar uma fantasia que a princípio me deixou ligeiramente desconcertado. A Maria propõe-me que eu lhe ligasse durante o próximo encontro que eu tivesse com a Cláudia. De início, pareceu-me uma ideia um pouco doentia mas era algo que nunca tinha experimentado e talvez pudesse ser verdadeiramente excitante. Sabia de antemão que não seria uma situação muito cómoda para a Cláudia e temia a sua reacção a esta estranha proposta. Por outro lado, também tinha a nítida sensação que da parte da Maria, a brincadeira poderia ser estimulante na hora do contacto mas que poderia rapidamente descambar numa ressaca emocional de resultados imprevisíveis.
Preferi não falar directamente com a Cláudia sobre isto e também nada prometi a Maria. A ideia martelava-me a cabeça e iria estudar a melhor forma de abordar a questão no próximo encontro com a Cláudia.

No final de uma tarde de sexta-feira, quando me preparava para ir ao encontro da Cláudia, a Maria liga para mim. Pergunta-me se eu tinha pensado na proposta que me tinha feito e quando é que eu tencionava realizava a fantasia pela qual tanto ansiava. Limito-me a rir e digo-lhe de modo provocador que estava a caminho do motel onde me encontraria com a Cláudia. Disse-lhe também que o telefonema ficaria pendente do ambiente desse encontro. Maria fica verdadeiramente entusiasmada e diz que se irá preparar para receber a minha ligação.
Como sempre, eu e a Cláudia embarcámos em mais uma viagem de prazer sem limites em mais um dos nossos encontros. Os nossos corpos funcionavam numa perfeita sintonia. O sexo era sempre intercalado com conversas inteligentes e o nosso grau de intimidade crescia gradualmente.
Foi numa dessas pausas feitas de transpiração e respirações ofegantes que lhe comuniquei a proposta que tinha recebido da minha amiga lusitana. Cláudia olha para mim desconfiada, passa as mãos nervosamente pelos cabelos e acende mais um cigarro. Instala-se um pesado silêncio na suíte. Eu fico momentaneamente embaraçado e disfarço, dirigindo-me para o mini-bar com o intuito de procurar uma bebida refrescante.

Numa voz hesitante, a Cláudia diz-me que concorda. Acredito que em circunstâncias normais teria negado alinhar numa ideia tão louca, mas após mais de duas horas de sexo intenso, o nosso lado racional torna-se mais ténue e tudo fazemos para alimentar ainda mais a líbido. Talvez tenha sido o contexto da situação que a tenha feito participar nesta fantasia de estranhos contornos.
Nada lhe respondo e vou bebericando calmamente o meu refrigerante. Procuro o telemóvel, procuro o número da Maria e estabeleço a ligação. Sinto a adrenalina a fervilhar no meu corpo e noto que estou novamente erecto. Ela rejeita a chamada. Um minuto depois, oiço o telefone tocar. Olho para o visor e vejo que é a Maria que me está a ligar. Atendo e escuto uma voz melosa do outro lado da linha. Notava uma respiração ofegante e acredito que já se estivesse a masturbar.
Começou por agradecer o telefonema e pediu para eu lhe descrever o ambiente envolvente. Logo depois, foi-me fornecendo as indicações daquilo que gostaria de ouvir. Ainda tentei que a Cláudia falasse com ela mas ela negou-se a atender ao meu pedido. Senti-me desconfortável mas já era tarde para refrear os meus ímpetos. Estava-se ali a formar um triângulo de contornos absurdos.

A Maria começa por dizer que gostaria que Cláudia me chupasse. Acomodo-me na cama e ela começa a chupar com fervor. Eu direcciono o telemóvel para junto do rosto da Cláudia que ia emitido ruídos abafados de sucção e soltava alguns comentários acerca do meu pénis. De seguida, aproveito para soltar alguns gemidos e tento explicar aquela mamada maravilhosa. Em voz trémula, a Maria comunica que em breves instantes já tinha gozado duas vezes. Sinto um vigor redobrado no meu pau e instigo a Cláudia a chupar ainda mais. A sua língua altenava velozmente por todos os recantos do meu membro, deixando-o lustroso de tanta saliva.
Estava com vontade de tomar as rédeas da conversa e digo que me estou a preparar para comer o rabo da Cláudia. Esta ideia é aprovada pelas duas com entusiasmado. Num exercício de habilidade, posiciono-a de quatro e começo a introduzir lentamente o pénis no seu ânus sem descolar o telefone do ouvido. Após uma ligeira resistência do músculo, sinto a minha vara entrar toda. No outro lado do Atlântico, ouvia a Maria a esfregar-se freneticamente e com a respiração completamente acelerada. Vou acelerando o ritmo dentro do rabo da Cláudia e para provocar um maior estímulo sonoro, vou-lhe dando umas valentes palmadas nas nádegas.

Confesso que aquela situação invulgar estava a redobrar o meu tesão. Por um lado, sentia todo o prazer físico de estar com a Cláudia e por outro, era estimulado pela voz sensual da Maria. Ao ouvir aquelas palmadas, a Maria não se contém e goza mais uma vez. Eu sentia que também não aguentaria muito mais. Dou mais algumas estocadas e venho-me abudantemente no rabo da Cláudia. Ela faz-me sinal para que eu termine a ligação. Sem grandes explicações, desligo a chamada abuptamente e caio por cima da Cláudia completamente exausto.
Beijo-a ternamente e tento amenizar a situação. Tinha a nítida sensação que não tinha sido uma experiência agradável para ela. Facilmente ela iria pensar que tinha sido uma actriz coadjuvante de um jogo erótico, para o qual tinha sido convidada à última da hora sem pensar muito sobre o caso. Eu não poderia negar que tinha sido excitante para mim, ainda que não pretendesse repetir a experiência. Acabamos por contornar aqueles minutos incómodos e falamos como aquele seria mais um segredo nosso que iria acentuar ainda mais a nossa cumplicidade.
Tal como eu antevia, após esta brincadeira, a minha amizade com a Maria foi-se tornando gradualmente mais fria e acabámos por nos distanciar quase por completo após alguns meses. Mais uma vez se comprovava a teoria que por vezes algumas fantasias sexuais podem tomar rumos imprevisíveis e com resultados que poderão ser desastrosos para algum dos intervenientes.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fuga da Rotina II



Rogério instala-se confortavelmente num sofá comprido, encostado à janela da sala. Continuava a sentir um formigueiro no corpo. Apalpa o bolso do casaco e sente o volume do maço de tabaco. Aquela ansiedade dava-lhe vontade de fumar mas considerou que seria um abuso de sua parte, acender um cigarro sem a permissão da dona da casa. Para além do mais, olhou em volta e não vislumbrou nenhum cinzeiro no aposento. Alice não deveria ser fumadora. Ele aproveita aquela pausa para observar a decoração da sala. Movéis pesados e quadros enormes evocando figuras mitológicas. Os elementos decorativos não combinavam muito bem com a imagem jovial que Alice ostentava. Rogério deduziu que deveria ser divorciada e que o recheio da casa deveria remeter aos tempos em que seria casada. Mas tudo isto não passavam de devaneios de uma mente que tentava espantar a ansiedade pelo desenrolar daquele encontro inusitado. Os pensamentos de Rogério são interrompidos pela aparição de Alice na sala.
- Suponho que me vá acompanhar numa bebida. Não me venha com essa história de que não bebe em serviço - diz ela, avançando para um pequeno bar em formato de globo, ao lado do sofá.
- Sim, não há problema - gagueja ele.
- Também não há problema. Não tenho muita coisa para lhe oferecer...espero que goste de licor beirão.
- Perfeito! Gosto bastante! - exclama Rogério.

Alice estende um cálice cheio daquele licor de cor caramelizada na direcção de Rogério e senta-se a seu lado. Encosta um braço na cabeceira do sofá e dirige o seu olhar para ele que ainda manifesta alguma timidez. A conversa inicia-se com trivialidades. Gradualmente, o diálogo toma contornos mais insinuantes. Tal como ele calculara, Alice era divorciada há cerca de oito anos mas dava a entender que era um assunto perfeitamente arrumado na sua cabeça. Dizia que gostava de se sentir livre e que nos últimos tempos tinha descoberto uma nova faceta na sua personalidade, que a fazia sentir plena a nível sexual.
Rogério agita-se no sofá e sente uma leve erecção. Parecia-lhe óbvio que aquela mulher queria muito mais que dois dedos de conversa e resolve lançar mais achas na fogueira.
- Muito bem. E pode-se saber que nova faceta é essa... - murmura ele.
Alice passa uma mão nos seus cabelos curtos e solta uma sonora gargalhada.
- Descobri que sou dominadora, meu querido! - responde sem pudores.
- Tenho de admitir que nem sei bem o que isso é. A nível do sexo, nunca fui muito além do trivial, aquilo que toda a gente faz - adianta ele, corando ligeiramente.
- Não seja por isso. Nunca é tarde para descobrirmos aquilo que nos dá mais prazer... - diz ela naquele tom de voz arrastado, que se tornava cada vez mais sensual.
Alice toca no rosto dele. Aquele toque ainda o deixou mais electrizado e sente uma pontada ainda maior na zona genital. Rogério debruça-se para a frente com a intenção de a beijar.
- Nada disso! Espera um pouco...vou-te preparar uma surpresa.
A resposta de Alice deixa-o perplexo, mas nada diz. Ela levanta-se e pede para ele esperar mais um pouco. Ele acena a cabeça em sinal de concordância, enquanto ela sai na direcção dos quartos.

Alguns minutos depois, Rogério nem queria acreditar no que lhe estava a acontecer. Alice apresentava-se à sua frente com um vestido justo ao corpo. As laterais eram de couro vermelho e a parte central em tecido transparente que deixava vislumbrar as suas formas generosas. Os seios grandes hipnotizavam o seu olhar. A indumentária era completada por umas botas pretas de cano alto de vinil preto, acima do joelho e com uns saltos de quinze centímetros. Numa das mãos trazia um instrumento que o deixou momentaneamente atemorizado. Uma longa chibata que seria mais apropriada para a práticas de desportos equestres. Na outra mão umas algemas prateadas.
Quando Rogério se prepara para levantar do sofá, é detido por Alice que encosta um dos pés ao seu peito fazendo-o recostar-se para trás.
- Agora quem manda sou eu! A partir deste momento serás o meu escravo e apenas irás fazer aquilo que eu ordenar ou permitir... - diz ela num tom bastante autoritário.
Rogério sente-se atordoado e nem sabia como reagir. Por momentos, ainda pensou em sair dali para fora, receando ter-se deparado com uma louca qualquer. Alice tinha encarnado um personagem que o repudiava e excitava na mesma proporção. Ele hesita por breves segundos, olhando-a nos olhos e sentindo o bico da bota cada vez mais próximo do seu queixo.
- Vá, lambe-me os pés! - ordena Alice.
Rogério continua a encará-la com um olhar espantado. O seu impasse é interrompido por uma vigorosa chibatada no seu ombro. Sente um ligeiro ardor na pele.
- Lambe tudo meu cabrão! - Alice volta à carga, num tom de voz mais elevado.

Ainda sentindo um certo incómodo, ele corresponde timídamente às ordens de Alice. Começa a lamber as botas e o tacão das bota que ela encostava no seu peito. Logo depois, ela afasta-se um pouco e pede que ele se agache aos seus pés e que continue a lamber os seus pés. Aquele estranho jogo de dominação estava a excitar Rogério e foram precisos breves segundos para que ele fosse alternando a sua língua entre o tacão e o extremo das botas que ficavam já acima do joelho. Alice instigava-o com leves chibatadas nas costas.
- Estou a ver que aprendeste depressa. Isso...lambe mais! - continuava ela, em voz de comando.
De seguida, pede que ele se dispa por completo. Ele obedece e desembaraça-se das roupas. Alice pede que ele se vire de costas, coloca-lhe as algemas e ordena que ele se agache novamente. Ela senta-se no sofá, sobe o vestido e pede que ele se aproxime. A posição era incómoda, ainda mais tendo as mãos algemadas atrás das costas. Rogério arrasta-se devagar.
- Quero que me lambas a rata até eu me fartar... - sussurra Alice.
Rogério afunda o rosto no meio daquelas coxas fartas e começa a lamber aquela vagina cuidadosamente depilada. Rapidamente sentiu uma viscosidade agri-doce invadir-lhe o palato.
- Chupa bem meu cabrão! Pensavas que me ias comer à tua vontade...estás muito enganado! - exclama ela furiosamente - Agora tens que me obedecer e fazer-me gozar à minha maneira.
Enquanto ela submetia Rogério a esta subjugação verbal, ia-lhe dando leves chibatadas nas costas e a dado momento chegou mesmo a cravar-lhe um salto na bota no dorso, que lhe provocou um arranhão profundo. Ele correspondia com movimentos de língua cada vez mais céleres. No entanto, Alice não dava mostras de querer gozar assim tão rápido, apesar de estar completamente encharcada. Às tantas, ele sente uma ligeira dor nos maxilares mas não abranda o ritmo da chupada. Estava completamente encharcado daquele mel que escorria em abundância da vagina de Alice. Aquele minete frenético teve o seu final cerca de vinte minutos depois, quando ela teve um intenso e prolongado espasmo de prazer que anunciava o seu orgasmo.

Depois de uma breve pausa e quando Rogério pensava que aquele jogo de dominação iria abrandar um pouco, Alice volta a surprêende-lo. Coloca-se de quatro no sofá e pede que ele dê novamente uso à sua língua, desta feita no seu rabo. Mais uma vez ele corresponde às ordens daquela mulher que irradiava pura luxúria. Ele lambe cuidadosamente o orifício anal que se ia dilatando gradualmente. As nádegas de Alice eram grandes e aquele quadro estava a excitá-lo de um modo que ele nunca tinha sentido anteriormente. O pénis latejava de tesão e pingava baba.
Alice parecia ter-se cansado daquela posição e abandona o sofá. Ordena que Rogério se arraste pela sala durante alguns momentos. Ela parecia excitar-se verdadeiramente com aquilo e ele sentia uma emergência de dar vazão a tanta tesão. Parecendo adivinhar-lhe os pensamentos, Alice, interrompe aquele jogo.
- Quer-me parecer que te queres vir meu sacana! Fica descansado que vou tratar disso...
Sai novamente da sala. Rogério sente um ligeiro pavor apoderar-se dele. Talvez aquele jogo tivesse ido longe demais, talvez ele tivesse sido inconsequente ao submeter-se aos estranhos caprichos de uma mulher desconhecida. Dois minutos depois, Alice aparece novamente na sala. Trazia consigo umas esferas de média dimensão. Ele já tinha visto algo semelhante na vitrine de uma sex-shop, mas nem sabia para que serviam.

Alice manda que ele se coloque de quatro, enquanto lhe retira as algemas. Ela pega numa bisnaga de lubrificante, despeja um pouco nas pontas dos dedos e passa no ânus de Rogério. Ele estranhou um pouco e olha para trás, embora já calculasse quais seriam as intenções dela. O seu gesto é vigorosamente reprimido com uma nova vergastada no ombro.
- Relaxa! Não quero que olhes...limita-te a sentir - murmura Alice.
Ele agacha-se ainda mais, fecha os olhos e deixa-se conduzir. Lentamente, foi sentindo as esferas a entrarem no seu rabo. Era um misto de dor e prazer que ele nunca tinha sentido e difícil de traduzir por palavras. A sua erecção tornava-se ainda mais pujante.
- Quero que batas uma punheta para mim.... - diz Alice, junto do seu ouvido.
Esta ordem soava como uma benesse. Ele sentia que não aguentaria muito mais e desejava vir-se rapidamente. Lá atrás, Alice continuava a brincar com as esferas no seu ânus. Rogério masturbava-se vigorosamente a vara em erecção máxima. O estímulo das esferas nas suas entranhas davam-lhe arrepios de prazer e sentia uma certa pressão na área da próstata. Não tardou muito para que libertasse uma enorme ejaculação no pavimento da sala.
- Isso mesmo! Esporra-te todo para mim! - incentivava Alice, enquanto lhe retirava as esferas lentamente.
Ele deixa-se tombar no chão completamente exausto e ofegante. Não tinha dúvidas que tinha sido um dos seus orgasmos mais intensos. Alice retira-se do aposento e ele contempla o seu pénis que vai ficando flácido após o gozo. Subitamente, sente um peso na consciência. Tinha transgredido muitos limites e tabus num espaço de tempo tão curto. Embaraçado, levanta-se num pulo e começa a vestir a roupa rapidamente. Queria fugir o mais rapidamente possível daquele apartamento...






sábado, 6 de junho de 2009

Fuga da Rotina I


Rogério sentia-se particularmente entediado naquele final de tarde. Cumpria mais um rotineiro turno na praça de táxis do Norte Shopping. A licenciatura em Arqueologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, não lhe tinha aberto grandes oportunidades profissionais e há três anos atrás tinha aceite o convite do seu tio Armando para conduzir o seu táxi, no período vespertino , que normalmente se prolongava até às duas da manhã. Para trás ficaram os sonhos de empreender escavações arqueológicas e fazer carreira no campo da investigação. A vida real e a necessidade de ajudar os pais que viviam com crescentes dificuldades económicas, faziam-no percorrer as ruas, avenidas e arredores daquela cidade que o tinha visto nascer, transportando dezenas de passageiros de um lado para o outro. Sempre era melhor abraçar aquele trabalho do que mergulhar nos caminhos tortuosos do desemprego prolongado que afectava diversos ex-colegas de curso.
Todos os dias ia aprofundando o seu conhecimento das complexidades do ser humano. Chegava à conclusão que cada pessoa era um universo composto de características muito interessanres. Diariamente deparava-se com clientes de todos os tipos. Os simpáticos, os menos simpáticos, os conversadores, os silenciosos, os ébrios, os alegres e os deprimidos.
Faltavam poucos minutos para as oito da noite e Rogério refugiava-se no interior do táxi. Havia dias em que não tinha muita paciência para as conversas dos seus colegas de profissão que ali ficavam de cotovelo apoiado no tejadilho dos carros, a debitar discursos inflamados sobre futebol, sobre os desvarios do Governo ou a tecer comentários maliciosos sobre algumas mulheres que passavam nas redondezas. Eles estranhavam o seu comportamento e muitas das vezes tratavam-no jocosamente por doutor, como que a querer relembrar que ele não era aceite como um igual.

Naquele dia uma estranha sensação de vazio e apatia invadiam o seu espírito. O movimento estavava fraco e a fila dos táxis ia avançado com a lentidão de uma tartaruga paraplégica. Uma hora e meia depois, Rogério era o primeiro da fila, mantendo-se silencioso e inerte no interior do veículo. Começava a sentir uma ligeira sonolência. Este torpor foi interrompido por um toque no vidro da sua janela. Era uma cliente a solicitar o serviço. Aparentava ter cerca de quarenta e cinco anos, tinha uma compleição física robusta e cabelo curto. Numa das mãos carregava dois sacos daquelas lojas que se repetem em todas as superfícies comerciais.
Rogério limita-se a acenar positivamente com a cabeça. Ela rodeia o táxi, abre uma das portas e instala-se tranquilamente no banco traseiro.
- Boa noite! Para onde vai ser... - pergunta Rogério.
- Boa noite. Vamos para a Rua Faria Guimarães, ali junto ao Marquês - responde ela, numa voz arrastada, ligeiramente snob.
Rogério acciona a ingnição do carro, liga o taxímetro e arranca rumo ao destino pretendido. Discretamente e de modo quase automático, olha para o espelho retrovisor e faz uma breve avalição da sua passageira. Sem sombra de dúvidas que se tratava de uma quarentona com boa aparência. O rosto transmitia uma energia vibrante e uma personalidade forte. Ela parecia distraída, olhando para a rua. Ele continua em média velocidade na direcção do centro do Porto. Tudo indicava que iria ser uma viagem silenciosa. Ao contrário de muitos colegas seus, Rogério raramente tentava iniciar um diálogo. Preferia sempre que fosse os clientes a fazê-lo, temendo importunar alguém.

Novo olhar para o retrovisor. A cliente surpreende o olhar de Rogério e esboça um sorriso enigmático. Ele sente-se momentaneamente embaraçado e desvia o olhar para a estrada. No entanto, ele sentia aqueles dois olhos cravados na sua nuca, como se fossem as garras de uma águia. O silêncio é interrompido subitamente.
- Você não me parece muito feliz...está com um semblante tão carregado! - avança ela.
- Todos nós temos os nossos dias menos bons...realmente hoje sinto-me um pouco em baixo. Mas nada de importante - responde Rogério, quase displecentemente.
- Não me diga que são problemas com a namorada. Um homem tão bonito como você não se deveria preocupar com essas coisas - diz ela, no mesmo tom de voz arrastado.
- Antes fosse! De momento não tenho problemas desse tipo.
- As mulheres devem andar todas cegas ou então exigentes demais...um homem assim, não é para andar por aí sozinho.
A conversa tomava estranhos contornos. De vez em quando, havia sempre uma cliente ou outra que se insinuava mas Rogério preferia sempre não alimentar esse tipo de diálogos por uma questão de profissionalismo. Por outro lado, havia sempre a hipótese de uma conversa deste tipo indiciar que a cliente em questão não tivesse dinheiro para pagar a bandeirada e tentasse fazer o pagamento por outros meios. Já lhe tinha contecido por algumas vezes. No entanto, aquela mulher transmitia uma energia, um mistério que o instigava a ir mais além e a alimentar a conversa.
- Isso não é problema! Existem coisas que me preocupam mais neste momento... - continua Rogério, olhando pelo retrovisor.
- Bom, você lá sabe. Posso saber o seu nome...
- Claro! Sou o Rogério - responde ele, em meio de uma gargalhada espontânea.
- Muito prazer. Eu sou a Alice.
- Olá Alice! - saúda Rogério, lançando um olhar mais intenso pelo retrovisor.

Entretanto, o táxi aproximava-se do seu destino final. Subiam a íngreme Rua Faria Guimarães.
- Ora, diga-me então onde quer ficar...
- Lá no cimo da rua, perto da entrada do túnel. Moro naquele prédio cor de salmão.
Rogério estaciona na berma da estrada, em frente ao número 282, um edifício estreito de quatro pisos. Olha para o taxímetro. Alice abre a sua mala, retira a carteira e estende-lhe duas notas de dez euros.Ele procura algumas moedas para lhe dar o troco. Ela interrompe-o.
- Pode guardar o troco para si.
- Muito obrigado então - responde Rogério, gentilmente.
- Olhe uma coisa...não sei se ainda falta muito para terminar o seu turno. Gostaria que subisse comigo...
Rogério inquieta-se um pouco no banco e fica sem saber o que responder.
- Supostamente o meu turno deveria durar até às duas da manhã...
- Vá lá, abra uma excepção para mim. Vai ver que não demora assim tanto e que quando sair daqui, ainda vai a tempo de fazer algumas corridas.
Apesar da notória diferença de idades, a imagem daquela mulher era tentadora. Pelos olhares e sorrisos insinuantes, as segundas intenções daquele convite eram explícitas. Rogério sente uma súbita erecção. A partir deste momento sabia que a sua habitual racionalidade passava para um segundo plano. Era a primeira vez que cedia a um convite insinuante por parte de uma cliente e havia sempre uma primeira vez para tudo na vida.

- Está bem...deixe-me então, estacionar melhor o carro - diz Rogério, virando o rosto para o outro lado da estrada.
- Ainda bem que aceitou o meu convite - responde Alice, já a tirar as chaves da mala.
Ela sai do carro e dirige-se para a entrada do prédio. Em manobras algo complicadas, Rogério consegue encaixar o táxi na única vaga de estacionamento que encontrou do outro lado da rua. Atravessa a estrada e sente um arrepio percorrer-lhe a espinha. Sentia que a sua adrenalina estava a subir perante a perspectiva de uma sessão de sexo casual. Logo a seguir, pensou que talvez fosse melhor ir com calma. Possívelmente seria uma mulher solitária e apenas quisesse dois dedos de conversa. Deixaria a iniciativa por conta dela.
Ela esperava-o, segurando a porta do prédio. Sobem as escadas estreitas e entram no apartamento. Rogério é conduzido para a sala de dimensões acanhadas. Alice diz para ele se sentar no sofá e ficar à vontade. Informa que vai arrumar as suas coisas e que voltaria em dois minutos.

Continua...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Zack e Miri Fazem um Porno


Amigos desde sempre, Zack e Miri vivem juntos mas nunca se envolveram romanticamente. Até que, soterrados em dívidas, sem água e electricidade, têm uma ideia genial de como fazer algum dinheiro extra: um filme pornográfico, com os dois como co-protagonistas.
Zack escreve o argumento e os dois, com a ajuda dos amigos, começam a recrutar estrelas do porno. E, no fim, Zack e Miri arriscam-se a perceber que o que sentem um pelo outro é mais profundo do que imaginavam. Uma comédia despretensiosa, ideal para desanuviar a pressão de uma semana menos boa.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Primeiro Passo


Mais um encontro secreto. Tudo teve início com um singelo e-mail. Vislumbrei que existia ali um interesse em conhecer quem se escondia por detrás da máscara. Digamos que era uma personagem que me causava uma certa curiosidade pelos comentários que fazia aos meus textos com alguma regularidade.
Bastou uma semana de conversas mais intensas por via do messenger. Ela fez questão de se identificar como Lucrécia. Sabia que não era o seu nome verdadeiro mas pouco me importava, já que o meu nome verdadeiro também não é Bernardo. Afinal de contas, os nomes são apenas vocábulos que adornam a nossa vida social. Os nossos diálogos primaram desde logo pela boa disposição e sinceridade. Ela não me escondeu que era casada. No entanto, nos últimos tempos sentia-se tentada a ter uma pequena aventura extra-conjugal. Qualquer contacto teria que ser discreto e condicionado por factores de tempo e geografia. Residente na praia da Torreira, no distrito de Aveiro, costuma cumprir o ritual de um jantar mensal com ex-colegas de faculdade aqui no Porto. Tomou a iniciativa de me convidar para um café após o jantar que teria lugar daí a poucos dias.

Marcámos encontro numa quinta-feira às 21.30h, num café de uma conhecida livraria da cidade. Primei pela pontualidade e peço um café para mim. Envio-lhe uma mensagem a dar conta da minha chegada. Dois minutos mais tarde, vejo chegar uma mulher de estatura mediana, corte de cabelo curto e detentora de um corpo bem proporcionado. Faço-lhe um pequeno sinal para confirmar que era eu quem ela procurava. A sua imagem superou as minhas expectativas. Tratava-se de uma mulher bem mais apetecível do que as fotografias faziam adivinhar. Seguiu-se a habitual conversa de circunstância. Notei que estava um pouco nervosa evitava o meu olhar. De maneira algo afoita, pergunto-lhe se pretende continuar aquela conversa num local mais reservado. Responde que não estaria a pensar nisso de imediato. Propõe-me um passeio na Foz. A noite estava quente e pareceu-me uma boa ideia.
Descemos a cidade em direcção ao mar. Apesar do meu atrevimento inicial, Lucrécia não dava sinais de estar incomodada com a minha presença a seu lado. A conversa continuava a bom ritmo e sempre pontuada de boa disposição.

Sentamo-nos numa esplanada da praia. O cenário ideal para o nosso encontro secreto, tendo apenas o mar e alguns clientes esparsos que não parecia interessar-se pela conversa que se desenrolava naquela mesa iluminada a meia luz. Eu sentia que Lucrécia ia baixando a guarda gradualmente. Confessou nunca ter tido um encontro deste tipo e que até ao momento nunca tinha tido coragem transgredir as regras do matrimónio. Porém já não evitava o meu olhar e dava-se início a um clima de sedução verdadeiramente delicioso.
A dado momento, coloco-lhe a mão na perna. Precisava saber se não estaria equivocado nos meus pensamentos. Ela não reprimiu o meu gesto e mantemos a nossa conversa em surdina. Eu tinha clara noção que naquela noite não iríamos transgredir muito mais. Aquele tango envolvente embriagava-me os sentidos e Lucrécia acompanhava-me com seus passos hesitantes. Tenho plena consciência que se desenrola uma estranha dualidade de sentimentos na mente de uma mulher casada. A sedução e o erotismo não combinam com atitudes precipitadas. Acima de tudo, tratava-se de um primeiro passso para uma história que se poderá tornar muito interessante.
Aproveitava aqueles momentos de proximidade para lhe estudar em pormenor os traços do seu rosto, a sua pele alva, os seus lábios perfeitamente desenhados e aquele olhar de menina traquina.

Sinto uma súbita vontade de a beijar. Peço para sairmos dali. Caminhamos ao longo do paredão, junto ao forte. A brisa suave e morna, o mar calmo e o agradável cheiro de maresia embalavam o clima romântico em que tínhamos mergulhado.
Voltamos para o interior do carro. Tento abordá-la mais uma vez. Lucrécia parece ficar um pouco nervosa e os meus gestos insinuantes são interrompidos por uma carrinha que estaciona justamente à nossa frente, descarregando uma horda de rapazes na calçada. Arrancamos dali para fora e seguimos em baixa velocidade para o centro do Porto. Vou observando Lucrécia e faço-lhe leves carícias no pescoço. A sua expressão indicava que na sua cabeça ocorria uma forte contradição de sentimentos. Não me afastava mas também não me deixava avançar muito mais.
O seu toque de pele era muito agradável. Um toque quente e aveludado que me deixou excitado.
Aproveito a paragem num semáforo vermelho para lhe tentar roubar um beijo. Ela desvia o rosto habilmente e diz que se sente desconfortável pela proximidade dos outros carros. Mais na frente, fazemos nova paragem e faço uma nova investida. Beijo-lhe o pescoço e as orelhas suavemente. Ela contorce o pescoço e solta um gemido sensua. Pedia que eu parasse, que se sentia completamente desorientada.

Era quase meia-noite. Não me adiantava fazer novas investidas. Lucrécia teria que ser uma conquista suave e envolta de muito carinho. Acalmei os meus instintos e prosseguimos a nossa marcha. Às tantas, dá-me a sensação que andamos sem rumo pela cidade. Parecendo adivinhar os meus pensamentos, ela responde-me ternamente que estava a prolongar o momento para aproveitar o momento ao máximo. Bastou esta singela afirmação para que me sentisse confortável.
Estacionámos junto ao Bolhão. Dentro do carro dava quase para sentir a electricidade estática de dois corpos que se desejavam. Novas carícias e mãos insinuantes. A temperatura aumentava ainda mais. Lucrécia embranha-se mais uma vez nos seus pensamentos íntimos. Fiquei com a sensação que desejava mais, que se sentia disposta a entregar-se a mim naquele momento. Estávamos em cima da hora e ainda tinha alguns quilómetros a percorrer até casa. Despedimo-nos ternamente e com a promossa de nos encontrar-mos brevemente.
Voltei para casa e tive dificuldades para adormecer. Era-me completamente impossível ficar indiferente aquela mulher e sinto o desejo de a ter nos meus braços crescer ainda mais.




terça-feira, 2 de junho de 2009

Entre o Mar e a Serra


Após um ano e pouco de residência no Brasil, regresso a Portugal para um período de férias. Aproveitei para matar saudades de vários lugares que habitavam a minha memória e reatar alguns contactos que tinham ficado adormecidos. Eu tinha a notória sensação que tinha partido para o outro lado do Atlântico deixando muitas pontas soltas. Essencialmente ao nível dos afectos, com diversos casos mal resolvidos.
Decorria um mês de Julho de temperaturas escaldantes. Eu estava alojado na casa de familiares, em Colares, perto de Sintra. Quase todas as tardes, punha-me a caminho das praias mais próximas. Uma forma de praticar exercício físico e respirar o ar puro daqueles pinhais circundantes.
Aos fins de semana podia sempre contar com a companhia de alguns amigos que fazia gosto em rever. Entre eles, encontrava-se a Carla, uma mulher que sempre fora especial para mim. Para trás tinham ficado algumas aventuras na sua companhia e um afecto muito especial. Durante a semana aproveitava para me encontrar com ela para almoçar e íamos trocando algumas mensagens provocantes.

Num sábado à tarde, a Carla vem encontrar-se comigo para uma ida à praia. Optámos pela Adraga, a minha preferida do litoral sintrense. Esperava-nos um sol radioso e o mar estava calmo como as águas de uma lagoa, coisa muito rara naquela região. Avançamos para a parte mais afastada da praia em busca de alguma privacidade. Como sempre que estávamos juntos, a conversa decorria solta e bem disposta. Longe de olhares alheios, aproveitávamos para trocar alguns beijos mais ardentes e toques que aumentavam ainda mais a temperatura que se fazia sentir.
Decidimos pôr cobro aquele entusiasmo crescente com um banho de mar. Aproveitando o momento de acalmia da maré, afastama-nos do areal. Lá na frente, a Carla tira o bikini e enlaça o seu corpo no meu. Apesar da água fria, sinto uma enorme erecção e senti vontade de a penetrar ali mesmo. Tocava-lhe os seios rígidos e trocávamos beijos salgados. Por baixo de água, faço leves carícias no seu clítoris, sentindo aquela viscosidade que antecede o prazer supremo. Acima de tudo, disfrutávamos momentos de plenitude e intimidade. Vislumbrava nos olhos da Carla aquela doçura e ternura que só uma mulher apaixonada consegue ter. Eu sentia uma aproximação cada vez maior em relação a ela. No entanto, sabia que tudo aquilo era uma relação com prazo validade, embora tivesse consciência que tínhamos os elementos adequados para uma união mais firme e gratificante.

Voltamos para o areal e estendemo-nos ao sol. A nosso estado de excitação deixava-nos inquietos. Fumamos cigarros, conversamos e continuamos com aquelas brincadeiras provocantes que nos estavam a deixar ao rubro. A tarde aproximava-se do fim e convido-a para uma incursão na Serra da Sintra. Carla sorri, adivinhando os meus pensamentos maliciosos. Tratamos de arrumar as nossas coisas rapidamente e vamos para o carro. Saímos de Almoçageme e entramos na estrada do Pé da Serra. Conheço aquela serra como a palma das minhas mãos, fruto de vários períodos de férias na área desde a infância. Não teria dificuldade para encontrar um recanto secreto para darmos vazão ao nosso desejo crescente.
Um pouco antes de chegarmos ao cruzamento que dá acesso à Peninha, enveredamos por um dos corta-fogos, situado do lado esquerdo da estrada. Descemos o caminho sinuoso e estacionamos na sombra de uma árvore. Saímos do carro munidos de uma toalha de praia e embrenhamo-nos numa daquelas frondosas veredas.

Ao longe, avista-se o mar e o céu vai-se tingindo de várias tonalidades de vermelho e laranja. Um cenário perfeito para duas almas que se iam redescobrindo nos caminhos do prazer. Deitados em cima da toalha, beijamo-nos intensamente. Apalpo-lhe as mamas rijas e provocantes. Lambo delicadamente os bicos que reagiam aos toques da minha língua. Deslizo a minha mão para o meio das pernas da Carla, sentido um pequeníssimo tufo de pêlos e invado a sua vulva completamente molhada com os dedos.
Não demorou muito para que ela deslizasse para baixo e me tirasse o membro para fora dos calções. Olha para ele com um ar guloso e engole-o. Vou incentivando com palavras e fecho os olhos para sentir o prazer mais intensamente. Peço-lhe para trocarmos de posição. Era a minha vez de provar aquele sabor agri-doce que deixa os meus sentidos em alerta. Carla estava completamente molhada e o seu mel escorria nos meus lábios. Sentia um ligeiro travo salgado que tornava o seu gosto ainda mais delicioso.
Ela pede-me ansiosamente que a penetre. Coloco um preservativo e avanço para cima dela, enterrando bem fundo. A Carla arqueja o corpo de modo sensual e beija-me. Eu vou metendo devagarinho, sentindo as contracções frenéticas da sua vagina.

De repente, ouvimos o barulho de moto-quatros nas redondezas. Ficamos um pouco agitados mas não paramos o que estamos a fazer. Coloco-a de quatro, ela apoia as mãos num tronco de uma árvore e penentro-a de canzana. Agarro-a pelo cabelos e vou-lhe dando fortes estocadas por trás. Vou provocando-a ainda mais com algumas palmadas nas nádegas e dizendo algumas obscenidades que a deixavam sempre em brasa. O ruído das motas cada vez mais próximo. Ao barulho das motas juntava-se agora a sirene de um carro dos bombeiros que subia a serra.
Acredito que aquela perspectiva de sermos surpreeendidos ainda nos estava a excitar mais. Continuamos aquele exercício de luxúria alheios a tudo isso. Um pouco depois, retiro-me de dentro dela, deito fora o preservativo e peço que me chupe mais um pouco.

Termino com uma potente ejaculação nos peitos da Carla. Neste preciso momento, as motos passam um pouco abaixo do local onde nos encontramos. Não nos viram, já que estávamos ocultos pelo arvoredo. Calculo que devem ter desconfiado de alguma coisa, já que o carro estava estacionado por onde passaram. Enquanto nos limpamos e recompomos as nossas roupas, ouvimos novamente o ruído das motos mais próximo e algumas vozes. Deslizamos sorrateiramente na direcção do carro. Arrancamos rapidamente dali para fora.
Começava a escurecer e a minha família esperava-me para jantar. Regressamos a Colares sorridentes e completamente saciados. Este fora apenas um dos momentos de prazer desse Verão formidável, em que tive o previlégio de ter a companhia de uma mulher tão sensual como a Carla.
Hoje tenho plena convicção que talvez tenha sido mais uma história de amor que ficou pelo caminho, condicionada por diversos factores. No entanto, ainda subsiste um carinho muito especial por essa mulher que me proporcionou momentos de prazer tão intenso.