domingo, 14 de junho de 2009

Lucrécia


Cheguei com meia hora de atraso. Esperavas por mim, junto ao bar do hotel. Cumprimentas-me meio envergonhada e trato de cumprir as formalidades na recepção. Subimos no elevador até ao quarto piso. Durante algumas horas, o quarto 405, seria o nosso refúgio secreto. O nosso encontro anterior tinha criado boas expectativas em relação a este momento. Acima de tudo queria ser o teu refúgio, a tua fuga para a liberdade e fantasia ainda que condicionados pelos ponteiros do relógio.
Espreitas pela janela. Vou por trás de ti e beijo-te a nuca. Sinto o teu doce aroma que faz despontar o meu desejo. Queria o teu pensamento focado unicamente dentro daquelas quatro paredes e vais correspondendo às minhas suaves carícias. Vamo-nos despindo mutuamente e trocando alguns beijos. Aprecio a tua pele macia, os seios pequenos e delicados e a suave curvatura dos teu pés. Convidas-me para um banho na tua companhia. Embalados pela água tépida, viajamos pela descoberta dos recantos dos nossos corpos. Um sensual jogo de toque e troca de olhares que eram o prenúncio de alguma intimidade que se ia instalando entre nós. Conquistas-me com ternura e devoção. Sinto-me acarinhado e alvo das tua atenções quando me estendes a toalha e te prestas a secar o meu corpo.

Avançamos sem pressas para a cama que nos aguardava. Beijamo-nos ferverosamente e trato de descobrir o teu corpo delicado com a minha boca. Acredito que não exista um espaço do teu corpo que não tenha percorrido com a língua e a ponta dos meus dedos. Lentamente, vou sentido o cheiro do teu desejo e a temperatura dos corpos aumenta exponencialmente. Agrada-me a maneira como os teus mamilos reagem ao meu toque e aos afagos da minha boca. Avanço mais para baixo e afundo a minha boca no teu sexo totalmente depilado. Provo do teu mel delicioso e sorvo os teus lábios mais íntimos. Perco a noção do tempo que dedico a explorar a tua vulva e apoveito para te fustigar com os meus dedos. Não tardou para que quisesses provar a minha vara que ansiava pela tua boca aveludada. Fico enternecido com o olhar de menina curiosa que lanças ao meu corpo e enlouquesces-me com o apetite voraz com que me tratas.
Fecho os olhos e deixo-me conduzir numa viagem de prazer. Percorres o meu membro com mestria. Provocas-me pequenos espamos de prazer e sinto o meu corpo leve e solto de qualquer tensão.
Peço para invertermos as posições e devoramo-nos de forma insana. Chupo tudo o que me aparece na frente e noto que correspondes ao meu entusiasmo.

Estou em erecção máxima e desejo ardentemente penetrar as tuas entranhas. Peço que venhas para cima de mim. Finalmente consigo sentir o teu calor, o pulsar do teu sexo. Damos as mãos e cavalgas sem pudores, sentindo-me a tocar no fundo. Devido a toda a estimulação anterior não consigo aguentar muito tempo e acabo por ejacular intensamente.
Ficamos quietos sob a penumbra do quarto. Trocamos olhares cúmplices e muitos beijos. A tua boca é um vício delicioso e tenho dificuldades para soltar os meus lábios dos teus. Provocas a minha líbido e foi com rapidez que me restabeleci e sentia vontade de te possuir mais uma vez. Não tínhamos pressa e dedicamo-nos a pequenos jogos sensuais. Agradou-me a forma como a tua vagina reagia depressa aos meus afagos. Avanças mais uma vez para o meu mastro que estava rendido à tua boca deliciosa.
Sinto vontade de te penetrar mais uma vez. Quero que sintas o meu peso sobre ti e que sintas a intensidade do meu olhar. Abraçamo-nos num delicioso exercício de cópula que se inicia de forma suave e termina selvaticamente, contigo de quatro, toda aberta para mim e sendo fustigada com fortes bombadas.

Por esta altura devíamos estar perfeitamente saciados. Correspondias em pleno às minhas expectativas. Uma bela ninfa que se entregava a mim, perfeitamente alheia às suas realidades terrenas. Eras minha dentro daquelas quatro paredes e eu também me entregava por completo aos teus encantos, envolvendo-me na totalidade. Preenchemos as pausas com conversas bem humoradas, olhares cúmplices e carícias.
Ainda houve tempo de te sentir mais duas vezes. Um avassalador exercício de luxúria que nos levou ao delírio e exaustão. O ritmo cardíaco batia descompassadamente. As respirações eram ofegantes e gemíamos de prazer genuíno. Termino a cavalgar-te furiosamente por trás. Dizias que não aguentavas mais. Acabamos por gozar em simultâneo e deixo-me tombar na cama com os músculos das pernas a pedirem clemência. Abraçamo-nos carinhosamente e satisfeitos pelos resultados de mais um encontro secreto.
Brindas-me com mais um banho delicioso e percorres as minhas costas com beijos. Estava rendido ao teu poder de sedução, eras o fruto proibido que se tornava realidade.
Alguns minutos mais tarde, despedíamo-nos num local movimentado. Nem um rasto de nostalgia no ar. Acredito que este tenha sido apenas o primeiro capítulo da nossa história que se reinventará noutros lugares e com prazeres redobrados.

6 comentários:

em.fusão disse...

é excelente quando isto se vive e não é mera ficção erótica! um abraço, da fusão

L. disse...

Deve ter sido maravilhoso. Deves ser um homem maravilhoso.

T disse...

Ui. Sem ar!
MARAVILHOSO ;)
Adorei este post ;)

Dos melhores!*


beijos*

goti disse...

Hum...mas que sensualidade de momentos de pura luxúria.

Beijos doces e alegres!!!!!

Katy disse...

Adorei a forma como descrevestes....tão "poético" e ao mesmo tempo tão excitante...totalmente erótico! Uma delícia!

Passa lá no meu cantinho, também escrevo contos eróticos e relatos da minha vida...
Beijinhos.

Eu disse...

Adorei

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