quarta-feira, 29 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Erotismo Taurino


Touro busca o máximo de satisfação nos prazeres materiais. Não só preza o conforto, o dinheiro, a mesa farta, como a boa cama. Aliás, é difícil tirá-los do meio dos lençóis quando encontram os parceiros ideais para suas infinitas fantasias sexuais. Quer experimentar todas as posições, tentar com manteiga, saborear com chantilly. Como autêntico filho de Vénus, acha que o êxtase é o limite e deve ser alcançado sem nenhuma pressa e sem dramas. Manhoso, cheio de preguiça e louco por carinho, o taurino pára o tempo para curtir a vida. Mas é também possessivo, ciumento e dependente. Não brinca com o amor e os afectos. Para eles, paixão é coisa séria, tesão é fundamental e o corpo quer sempre mais. Cuidado! São pessoas calminhas, meiguinhas, fofinhas... até chegar a altura de beijar! Touro, o signo mais sensual do Zodíaco, conhece tudo sobre sensações e sobre como provocá-las. O beijo taurino é sem pressa, ao estilo de quem pára e aprecia a paisagem... É mais um beijo de carinho do que de excitação, mas é aí que está a armadilha.

ATRACÇÃO FATAL: pelos nativos de Escorpião. É coisa de pele, magnética, tão inexplicável quanto incontrolável.

CONTACTOS QUENTES: nos braços de Caranguejo, Peixes ou até mesmo com outro Touro. Com eles, aprende-se uma forma doce e suave de fazer amor. Relações mais duradouras com Virgem e Capricórnio, mas através de uma conquista gradual, em que a plenitude só é atingida depois de muitas provas de confiança e fidelidade.

A EVITAR: Gémeos e Sagitário, para evitar maiores sofrimentos. E esqueçam os Carneiros.

sábado, 25 de abril de 2009

A Minha Essência

"Só eu sei,
Só eu sei que sou terra,
Terra agrestre por lavrar,
Silvestre monte maninho,
Amora, fruto sem tratar.

Só eu sei que sou pedra,
Sou pedra dura de talhar,
Sou pedrada em aro,
Calhaus em forma de encastrar.

A cotação é o quiserem dar,
Não tenho jeito pra regatear,
Também não sei se a quero aumentar.

Porque eu não sei se me quero polir,
Também não sei se me quero limar,
Também não sei se quero fugir deste animal
Que ando a procurar.

Só eu sei que sou erva,
Erva daninha alastrar,
Joio trovisco, ameaça
Das ervas doces de enjoar.

Só eu sei que sou barro,
Dificil de se moldar,
Argila com cimento e cérebro,
Nem qualquer sabe trabalhar.

Em moldes feitos não me sei criar,
Em formas feitas podem-se quebrar,
Também não sei se me quero formar

Porque eu não se me quero polir,
Também não sei se me quero limar,
Também não se quero fugir deste animal
Que ando a procurar."

Erva Daninha a Alastrar - António Variações

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Coito Angelical



Como um anjo
Beije-me o pescoço
Boca e tudo mais
Como um anjo
Toca-me a pele
Em arrepios e ais
Como um anjo
Prepara-me o corpo,
Faça-me o cais
Para fundear como homem
Em minhas carnes
Famintas de teus sais.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Big Sister


Na última edição da revistaÚnica, chamou-me a atenção o artigo sobre o clube erótico mais conhecido de Praga, o Big Sister. Digamos que se trata de um local onde todos os tipos de fantasias se podem realizar e o local ideal para todos aqueles que têm um perfil voyeurista muito acentuado. Transcrevo algumas das passagens mais sginificativas desse texto para que possam conhecer um pouco melhor este espaço na capital da República Checa.

Há lugares onde tudo pode acontecer e o Big Sister, o clube erótico mais conhecido de Praga, é um deles. A linguagem é simples e directa, tal como os seus frequentadores: "Do you prefer to watch or to f...?" (prefere ver ou fazer sexo?), lê-se em www.bigsisterlive.com . "O Big Sister é o único lugar onde pode fazer as duas coisas". O clube tem uma particularidade que o torna único no mundo. O espaço é repleto de câmaras - 58 mais concretamente - estrategicamente colocadas para captar e transmitir online todos os momentos de prazer, o que faz do Big Sister o maior reality show sexual do mundo. A oferta é simples: sexo real, entre pessoas reais, em tempo real.

O conceito nasceu de uma conversa entre um cliente e um empresário da noite da capital checa, que prefere manter o anonimato. Porque não abrir um clube onde as pessoas pudessem ter todo o tipo de prazeres sexuais, tornando-os públicos para visualização na Internet? Seria aqui que se iria buscar a fonte de rendimento! A ideia parecia genial mas ficava no ar uma grande dúvida. Estaria o comum dos mortais disposto a ser filmado a praticar sexo a troco de nada? "Essa era a grande questão. Ninguém acreditava que as pessoas quisessem exibir-se frente às câmaras", afirma o director de marketing, Carl Borowitz. A primeira transmissão aconteceu em Dezembro de 2004. Desde o primeiro dia em que se anunciou sexo frente às câmaras que o Big Sister teve clientes. A questão das filmagens fica salvaguardada com a assinatura de um contrato por parte dos clientes, no qual aceitam a cedência da sua imagem para efeitos de transmissão "por tempo indeterminado". O espaço era cada vez mais frequentado por casais, e, a partir de 2007, os domingos passaram a ser dedicados ao "Couples Night". Deste então, o Big Sister é um fenómeno de sucesso e os números falam por si. Nos primeiros três anos o clube foi frequentado por mais de 24 mil pessoas. O seu arquivo tem hoje mais de 20 mil filmagens com conteúdos explícitos, um "Best Of" de 7500 vídeos agrupados em preferências sexuais para todos os gostos e tendências e uma média de 10 mil membros que visitam diariamente o site. Quem frequenta, afinal, o Big Sister? A faixa etária varia entre os 18 e os 83.

Como seria de esperar, a casa atrai uma grande população masculina, desde virgens até seniores em busca de parceiras mais novas. Os sábados e domingos são dedicados aos casais. Carl Borowitz explica que os clientes têm duas motivações distintas. "Os que praticam sexo têm uma grande líbido, são exibicionistas. Para os voyeurs é uma oportunidade de ver sexo real, alguém com quem se identifiquem, bem diferente dos filmes pornográficos." O Big Sister é um império com vários negócios em paralelo. Parte do sucesso está em garantir a continuidade de 'actores' gratuitamente e em manter a estrutura estimulando os frequentadores habituais com propostas inovadoras. O investimento feito na manutenção do edifício, do bar, da equipa é idêntico ao de uma produção cinematográfica. O grande lucro provém da Internet. Sem precisar números, Carl Borowitz explica que a Internet é responsável por 80 a 85% por cento do lucro total. Com a Net como motor de todo o negócio, a grande aposta é a construção de um novo site e a diversificação de conteúdos para um público específico através de novas moradas electrónicas como o swingersoncamera.com e o couplesoncamera.com. Filmes ao vivo e acção em tempo real são os itens mais procurados... porque nunca se sabe o que acontece a seguir. O voyeurismo tecnológico tem um custo de ¤39,95, o que dá acesso a um arquivo com 9 mil vídeos.

Texto publicado na edição da revista Única de 18 de Abril de 2009

Creio que esta será uma boa hora para pensar numa viagem ao leste europeu...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Night and Day


Há uns anos atrás, em virtude de alguns contactos profissionais, comecei a frequentar algumas boites de Lisboa. Na época, estranhei um pouco aquele ambiente sórdido mas a pouco e pouco fui-me habituando e acabei por ter um certo fascínio por aquele mundo da noite. Quase todas as semanas visitava esses locais, normalmente após o fecho de algum negócio e como forma de agrado a alguns clientes mais importantes. Normalmente fazia-me acompanhar por um colega de trabalho da época, o Pedro, personagem sobejamente conhecido na noite de Lisboa. Por uma questão de princípio, nunca recorri a serviços de prostituição mas com o passar do tempo, algumas das raparigas foram-se habituando à ideia de que não pagávamos por serviços sexuais e foram adquirindo alguma confiança connosco. Não eram raras as vezes, em que eu e o Pedro servíamos como refúgio para uma boa conversa em noites pouco movimentadas ou quando queriam evitar clientes desagradáveis. Foi numa madrugada pouco movimentada de Setembro, que conheci a Renata, uma brasileira oriúnda da cidade de Londrina, localizada no estado do Paraná no sul do Brasil.


Lembro-me perfeitamente dessa noite. Estava eu e o Pedro no Night and Day, uma boite já antiga localizada na Av. Duque de Loulé, em Lisboa. Nunca simpatizei muito com este estabelecimento. Fica numa espécie de cave abafada e o ambiente não é dos melhores. No entanto, estávamos acompanhados de um cliente cinquentão já visívelmente embriagado. A conversa aborrecia-me cada vez mais e foquei a minha atenção num grupo de raparigas que estava numa mesa do canto. No meio delas, observo uma figura alta e esguia, de pele muito branca e longos cabelos negros. Os seus olhos eram meio rasgados que lhe conferia uma aparência exótica. O seu nervosismo era mais que evidente. Notei que se tratava de uma novata e estava assustada com aquele ambiente que a rodeava.
Minutos depois, chamei-a para a nossa mesa. Pedi um cocktail para ela. Fizeram-se as apresentações e iniciámos uma conversa de circunstância. Tratei de a pôr à vontade dizendo que não tinha intenção de sair com ela. Apetecia-me apenas conversar um pouco. Ao proferir estas palavras, foi como se lhe retirasse um peso enorme dos ombros e bem mais à vontade, foi-me explicando como tinha ido parar ali. Mais uma vez, uma história triste e degradante como já estava habituado a ouvir naqueles locais. A madrugada já ia alta e pouco depois despeço-me dela e dizendo-lhe que ainda nos haveríamos de voltar a encontrar. Ela sorriu e disse que eu tinha sido a melhor coisa que lhe tinha acontecido naquela noite. Apesar de todo o artificialismo destes ambientes, notei que ela tinha apreciado a minha companhia e pairava uma química no ar.


Fiquei algum tempo sem voltar aquela boite. Recordo apenas uma vez em que voltei lá e no momento em que estava a entrar, a Renata estava a sair na companhia de um cliente. Ao dar com os olhos em mim, ficou visívelmente embaraçada e nem nos cumprimentámos.
Voltaria a encontrar a Renata numa fria madrugada em meados de Novembro. Mais uma vez, eu estava na companhia do Pedro e o estabelecimento tinha pouco movimento. Ela viu-me de longe, abriu um enorme sorriso e veio na minha direcção. Pede para se sentar a meu lado e voltámos a ter uma conversa bastante agradável. A dado momento, ela segreda-me no ouvido que gostaria de sair comigo. Tive uma desilusão momentânea e respondi-lhe que não tinha por hábito pagar a mulheres. Ela responde-me de imediato que não tinha em mente ter-me na perspectiva de cliente. Fiquei aturdido com a sua resposta, fiquei ligeiramente embaraçado mas acabei por lhe dizer que não teria problemas em me encontrar com ela fora daquele ambiente. Às escondidas dos empregados, ela passa-me o seu número de telefone e combinámos um encontro para a tarde de domingo. Despede-se de mim com um sensual beijo que roçou os meus lábios. Escusado será dizer que nessa noite, já não me conseguia concentrar nas conversas do meu colega e tinha apenas a imagem da bela Renata a bailar-me na imaginação.


No domingo, depois de almoço, ligo-lhe para confirmar o nosso encontro. Ela deu-me a morada e por volta das quatro horas, dirijo-me para a Penha de França. Ela já me esperava na porta do prédio. Nos instantes iniciais, quase que não a reconhecia. Normalmente um homem esquece-se que estas mulheres encarnam de certo modo, um personagem glamorouso e sedutor naquele ambiente da noite. Talvez por isso, não tenha reconhecido de imediato aquela rapariga de jeans e camisola de gola alta cinzenta.
Ela entra no carro e pergunto-lhe onde gostaria de ir. Ela diz-me que gostaria de estar comigo, que desta vez era ela que necessitava de companhia e conforto que a fizesse esquecer, nem que por breves momentos, aquele ambiente pesado da noite. Vou-me encaminhando para minha casa, mas pelo caminho ainda páro num café, com o intuito de quebrar o gelo e conversar um pouco. Contudo, era evidente que Renata não estava disposta a grandes conversas e fulminava-me com um olhar que era puro desejo. Sem mais demoras, pago a despesa e seguimos rapidamente para o meu apartamento.
Mal entrámos no quarto, a Renata abraça-me e beija-me intensamente. Parecia sôfrega e sedenta de contacto com um homem que não lhe pagava para ter sexo. Deixo-me conduzir e envolver por aquele momento de loucura.


Pouco depois, ela já me estava a chupar o pénis de forma deliciosa. Eu já me sentia mais solto e seguro-lhe aqueles cabelos negros, enquanto ela afaga o meu membro com a sua boca e língua. Ao sentir que estava prestes a gozar com aquela mamada, debruço-me sobre ela e vou despindo-a lentamente. Vou descobrindo e beijando ternamente todos os recantos daquele corpo maravilhosamente esculpindo. Apalpo-lhe os peitos que eram pequenos mas extremamente rijos e sensuais. Avanço para eles com a minha boca e sinto que a pele dela se vai arrepiando sob as minhas carícias. Sem deixar de lhe chupar as mamas, vou avançando com as minhas mãos na direcção do seu sexo. Vou mexendo devagar. Sinto-a ficar húmida e minutos depois, já vou sentindo os meus dedos inundados pelo seu mel.
Ela pede para eu a penetrar de imediato. Diz que está a queimar de tesão e que deseja sentir-me todo dentro dela. Coloca-me um preservativo e coloco-me em cima dela, penetrando a Renata de forma lenta e sensual. Por breves momentos, penso enxergar uma lágrima escorrer pelo canto de um olho da Renata. Deixamo-nos levar por aquele ritmo durante minutos a fio. A sua vulva era quente, molhada e parecia apertar o meu pénis no seu interior. Um pouco depois, liberto-me daquela letargia prazerosa e começo a fustigá-la com mais intensidade. Ela vem-se quase de imediato e segundos depois esporro-me todo dentro dela.


Ela abraça-me ternamente e parece feliz. Encosta a sua cabeça no meu peito e ficámos a conversar sobre diversos assuntos durante algum tempo. Estávamos completamente descontraídos e libertos de uma certa tensão inicial. Daí a pouco, voltamos a fundir os nossos corpos em mais um coito intenso. Novo orgasmo quase em simultâneo.
Já se fazia tarde e Renata relembra pesarosamente que precisava de voltar para casa. Era hora de comer alguma coisas e preparar-se para mais uma noite de trabalho. Ao despedirmo-nos não fizémos promessas de nada e ela parecia novamente tensa.
O que é certo é que durante vários meses, fomos repetindo estes encontros, só que em sessões cada vez intensas e ganhando uma intimidade cada vez maior. Tal como eu previa, a Renata não aguentou aquela vida na noite durante muito mais tempo e cerca de seis meses depois, comunica-me que está de regresso ao Brasil. Espero que passados estes anos, ela tenha conseguido conquistar a paz que parecia perseguir desesperadamente e que seja muito feliz. Para mim, será sempre uma recordação muito agradável...





terça-feira, 21 de abril de 2009

Blogosfera Erótica no Feminino


Na última edição da revista Única do semanário Expresso, o colunista Luís Pedro Nunes elabora de forma inteligente uma análise dos blogues eróticos femininos que vão conquistando cava vez mais espaço na internet. Como complemento ao artigo, o autor deixa-nos uma listagem dos blogues activos mais significativos nessa área. Fiquei satisfeito por vêr algumas das páginas que costumo acompanhar regularmente e cujas autoras são visitas usuais deste motel. Para quem ainda não teve oportunidade de lêr, transcrevo aqui o texto completo.

E a blogosfera das senhoras? Viram a reportagem na TV? Ah, é outra coisa... é que é completamente diferente da escrita blogosférica masculina! Não há cá galhofa nem politiquice... É toda uma sensibilidade, uma ternura, é a partilha, o gosto pelo tesão! Oh, desculpem, disse tesão? Perdão! Mas está dito, está dito. Já não há como retirar! Eis-nos pois no tremendo, multifálico, giga-orgásmico, polvilhado de muito poema de queca grasnada e foto a preto e branco de coito suado, mundo da blogosfera erótica feminina anónima portuguesa.

E isso existe? Dou-vos duas mãos cheias deles no finalzinho para fazerem as vossas vistas. Mas perante tanta malandrice e sacanagem revelada pelo submundo blogueiro não há como deixar rejubilar o bem que a tecnologia da informação também faz à libertação sexual das mulheres com a sublimação semipública de umas tarazitas e umas vontades incontidas de copular várias vezes ao dia em estranhos lugares e em variadas posições. Tudo isto em relatos de qualidade literária que equivalem à vida sexual de muita gente: normalmente fraca, umas vezes média mas também grandes momentos de talento e arte dignos de serem aplaudidos. Por estes relatos vamos sabendo - para contínuo espanto pudico masculino - que a cabeça de muitas das mulheres é tão povoada desses ímpetos como as nossas. Bem-haja o autocontrolo e as normas civilizacionais que impedem que tal se concretize a cada impulso, a bem da produtividade, da higiene dos espaços comuns e muitas vezes da estética.

Ora não se entra assim de repente neste "mundo de escrita erótica feminina", que oscila entre uma imagética sofisticada e o "Oh, come-me já!". A minha guia, Maria Árvore, que só conheço via mail, e que tem um blogue "pouco pornográfico para ser muito popular e pouco erudito para o gosto dos intelectuais", explica-me que esta cena blogueira é apenas o equivalente às "Maxmen" e "FHM" dos homens. E vai lançando provocações quando me percebe desanimado perante tanto link povoado de pilas e testículos, torsos contorcidos antes da explosão consumatória e murmúrios tremidos no teclado tipo "deixa-me dormir em ti". Revela-me: "Também te podes questionar se tanta teoria não é falta de prática". Noutra altura escrever-me-á: "É tudo mulherio pacífico que usa mais as mãos para descascar do que para cascar. Coragem!".

Coragem, então! A maioria é de contos e crónicas da descrição do acto sexual em si num tom confessional mas de pecadora assumida em escrita descarada: "Toma-me assim, contra a parede" é o que a ERC me deixa citar aqui. Não há cá analogias muito rebuscadas. Mas noutros também se podem ler intróitos tipo "perdidos em carícias que transmitiam luxúria nos beijos dos lábios carnudos", o que equivale num filme porno dos anos 80 aos primeiros 29 segundos de música. (Esta conversa tem a validade de uma investigação que durou uma tarde pois, verdade seja dita, há blogues que já produziram livros, como o 'Cenas de Gaja'). Mas deixem-me dizer que as senhoras anónimas, perceptivelmente de formação universitária, abusam da terminologia de trolha e não como interjeição mas como substantivação. Há ali mais palavrão que num Porto/Benfica, casa cheia, três penáltis descarados não marcados para cada lado.

E há também muita poesia de cunho próprio, fotografia monotemática (um só de rabinhos femininos, postados por uma menina persistente) e vídeos - embora me seja estranha certa conceptualização: não percebo porque é que um vídeo com sexo explícito com ar profissional esteja num blogue "alérgico a pornografia". É a banda sonora árabe que o despornifica? Escapa-me.

Há relatos de vida pessoal soft e hard, com e sem fotos pessoais sem cara e blogues de nicho (S&M), blogues escritos por adolescentes e balzaquianas e pós-balzaquianas assumidas que têm em comum isso: sexo. Ah desculpem: o erotismo, mesmo quando é pimpa-pimpa tal e qual nos sites da especialidade, dos 'masculinos'. Mas brincadeira mesmo, é nas caixas dos comentários. Ui.

Enfim. Minhas senhoras: parabéns! Divirtam-se e dado que finalmente vejo alguma utilidade para a blogosfera.

Luís Pedro Nunes in Única (18/04/2009)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Anjos


É sempre bom relembrar que existem seres que zelam por nós, principalmente em momentos de alguma tensão interior e quando necessitamos de respostas urgentes. Hoje deixo-me embalar serenamente pelo tema Gabriel dos Lamb, provavelmente uma das músicas mais bonitas deste início de século.

sábado, 18 de abril de 2009

Empregada Para Todo o Serviço


Em 2004, semanas após me ter instalado no nordeste brasileiro, comecei a procurar uma empregada doméstica para cuidar do meu apartamento. Entrei em contacto com uma agência especializada nesse tipo de funcionários e três dias depois sou contactado pela responsável da empresa. Disse que já tinha encontrado a empregada ideal para a minha casa. Tratava-se de uma rapariga de vinte e dois anos que tinha chegado recentemente do interior do estado. Foi-me também adiantando que até ao momento, tinha tido algumas dificuldades para arranjar colocação para essa moça em casas de família. Pelo que me foi dado a entender, tratava-se de uma rapariga atraente e muitas das esposas não achavam muito interessante colocar em suas casas uma tentação desse tipo para os seus maridos. Como eu era solteiro, ela pensou ser uma boa opção para mim ,visto que eu não iria ter esse tipo de objecções.
Agendámos uma entrevista com a rapariga, nas instalações da agência, para a manhã do dia seguinte. Á hora marcada, entra no gabinete uma rapariga que me surpreendeu pela sua beleza. Era alta, de pele morena e com um corpo em perfeita forma. Disse chamar-se Micarla, confirmou a sua idade, explicou-me mais ou menos onde tinha trabalhado até então.e fornecue-me algumas referências.Negociou-se o salário, as condições gerais em que o trabalho seria exercido e ficou estabelecido que iria iniciar as suas funções na semana seguinte.

O horário dela era entre as sete da manhã e as quatro e meia da tarde. Nos primeiros dias, ela parecia bastante acanhada e trocávamos meras palavras de circustância nos poucos momentos em que eu ficava em casa. No entanto, fui reparando que ela aparecia em casa em trajes bastante ousados. Blusas justas e decotadas e vestia quase sempre uns calções bastante reduzidos. Umas semanas depois, comprei-lhe três fardas a rigor para o desempenho do seu trabalho. Não se tratava de uma atitude snob de minha parte mas confesso que alimentei um pouco do meu fetichismo da escolha da indumentária. Fiz questão que a saia fosse um pouco mais curta e travada que o convencional. Deste modo, poderia sempre dar uma boa mirada naquelas pernas perfeitamente delineadas.
Com o passar do tempo, fomos ganhando mais confiança um com outro. Por vezes eu ia almoçar a casa e ficávamos a conversar um pouco. Notava também que ela soltava algumas piadas , num misto de diversão e aparente ciúme, quando detectava no meu quarto alguns vestígios de alguma noite mais animada com alguma parceira de circustância. Eu limitava-me a sorrir e ia observando com maior atenção aquela jovem atraente que cuidava dos meus assuntos domésticos. Uma vez por outra, também a provocava um pouco e soltava as minhas piadas. Porém, apesar de ela ser uma tentação, nunca me ocorreu que pudesse avançar mais que aquilo. Acreditava que se o fizesse, se quebraria um certo respeito é forçoso existir em qualquer relação de patrão e empregada. Com tudo isto, já tinham decorrido três meses em que ela trabalhava na minha casa e nada acontecia. A nossa confiança foi aumentando ainda mais e por vezes, julgava surpreênde-la em gestos provocatórios e olhares insinuantes. Digamos que existia ali uma espécie de clima de chuva que não molha.

Houve então uma manhã que alterou todo este cenário. Eu tinha saído de casa no meu horário habitual, mas por volta das dez e meia da manhã apercebo-me que me tinha esquecido de um documento em casa e dirijo-me para lá. Ao entar no apartamento não vejo a Micarla. No entanto, oiço alguns sons que me pareciam ser de índole sexual, vindos do meu quarto. No momento pensei o pior. Já estava a imaginar que iria surpreender a minha empregada com alguém na minha própria cama. Não fechei a porta de casa para não fazer ruído e caminho na direcção do meu quarto pé ante pé, já antevendo uma discussão brutal. Segundo depois vejo que estava completamente equivocado. O televisor do meu quarto estava sintonizado num canal para adultos por cabo e Micarla entregava-se a uma animada sessão de masturbação, deitada na cama. De olhos semi-cerrados nem se apercebeu da minha presença tão próxima. Descalço-me imediatamente e volto para trás com a intenção de fechar a porta de casa. Volto novamente e fico a assistir aquele espectáculo que me excitou imenso. Micarla agita-se cada vez mais e apercebo que devia estar a ter um orgasmo. Logo de seguida, ela abre os olhos e dá de caras comigo. A sua reacção imediata foi esconder o rosto com vergonha e temi que ela começasse a chorar. Entro no quarto e trato de a serenar um pouco. Apressei-me a dizer-lhe que tinha gostado daquilo que tinha acabado de presenciar e que estava bastante excitado. Ela abre um sorriso franco e sincero abrindo, de certo modo, o caminho para aquilo que ambos parecíamos desejar há bastante tempo.

Avanço em busca dos seus lábios e beijamo-nos com fervor. Deito-me sobre ela. Envolvemo-nos em beijos ardentes. Exploro o seu pescoço e as suas orelhas com a minha língua. Os meus toques pareciam provocar pequenas descargas eléctricas no seu corpo. Vou despindo-a lentamente e afago os seus peitos pequenos, firmes e com os mamilos perfeitamente erectos. Não resisto a chupá-los por um bom tempo. Ela arquejava o corpo e soltava gemidos que me iam excitando ainda mais. Coloco-lhe a mão no sexo que estava muito molhada e decido chupá-la um pouco. Queria enlouquecê-la por completo para que ela depois obedecesse a todos os meus caprichos. Não foi preciso muito tempo para que ela estremecesse sob o estímulo da minha língua, que se atrevia a explorar o cantos mais recônditos daquela cona deliciosa.
Logo depois, ela liberta-me das minhas roupas e olha para o meu pénis com olhos de gulosa. Senta-se na cama e desata a mamar no meu mastro. Pela maneira desenvolta que o fazia, calculei que não estava diante de uma jovem inocente. Fecho os olhos e deixo-me levar pelas ondas de prazer que aquela boca me estava a provocar. Enquanto me ia engolindo por completo, afagava-me os colhões de uma forma espantosa e não hesitou em explorá-los com a sua própria língua. Trato de a colocar de quatro, atravessada na cama, procuro um preservativo na cabeceira e penetro-a por trás sem contemplações. Comecei de forma suave. A sua vulva era quente, molhada e sentia os seus músculos pélvicos a apertarem-me o membro. A pouco e pouco, vou aumentando o meu ritmo. Humedeço um dedo na minha boca e meto-lho no ânus com o intuito de a estimular ainda mais. Às tantas, dou por mim a fodê-la desenfreadamente em puro exercício de luxúria. Micarla enterrava o rosto na cama para abafar os seus gritos de prazer. Não tardou muito para que atingíssemos um brutal orgasmo em simultâneo.

Estávamos completamente suados e convido-a para tomar um duche na minha companhia. Deixamo-nos ficar ali debaixo dos jactos de água e beijando-nos intensamente. No regresso ao quarto, confesso o meu desejo de provar o seu rabo que me provocava há imenso tempo. Ela ficou embaraçada. Confessou-me que não gostava muito de sexo anal porque sentia sempre alguma dor. Expliquei-lhe que era tudo uma questão de estímulo e de saber fazer as coisas. Ela pareceu ficar mais tranquila e avancei com aquilo que tinha em mente. Procuro mais um preservativo e um lubrificante na minha cabeceira. Ao ver a embalagem do lubrificante, pareceu-me que ela estava novamente nervosa. Deixo-os de lado e peço que ela se posicione por cima de mim em posição invertida. Micarla percebeu a minha ideia e com um sorriso maroto, abocanhou-me o pau, enquanto eu embrenhava a minha boca mais uma vez na sua vagina. Aquela posição de 69 era das minhas preferidas. Devido aos objectivos que tinha em mente, dediquei-me a explorar o ânus dela com especial afinco. Primeiramente com a língua. Ia notando que o seu buraquinho ia dilatando sob os meus estímulos. Pego na bisnaga de lubrificante e passo nos meus dedos e no cu dela. Não perco tempo e enfio-lhe dois dedos besuntados. Ela remexeu-se e parecia gostar das minhas carícias no seu traseiro.
Pergunto-lhe se ela já se sente preparada para a minha investida anal. Ela acena que sim. Posiciono-me por trás dela e vou-lhe metendo o pénis no rabo muito lentamente, com receio que ela sentisse qualquer tipo de incómodo. Recordo-me da Micarla me perguntar se já tinha conseguido meter a cabecinha. Não resisti a soltar uma gargalhada. Em voz rouca, fui-lhe adiantando que já lhe tinha metido o caralho todo no cu. O que se seguiu, foram momentos de puro extâse. Como eu tinha gozado há minutos atrás, sabia de antemão ,que demoraria um pouco para alcançar um novo orgasmo. Porém, ela não soltou nehum queixume e entretive-me a bombar naquele cu sem parar. Só muito depois, dei vazão aquele tesão todo e esporrei -me nas suas entranhas. Terminava assim a nossa primeira sessão sexual que tinha tido início numa situação inusitada. A partir daquele dia, fomos repetindo a dose várias vezes e não eram raras as vezes que a Micarla me acordava logo de manhã cedo com belas mamadas.
Cerca de um ano depois, Micarla comunicou-me a sua demissão. Durante o período das festas juninas, tinha viajado para a sua cidade no interior, conhecera um rapaz e já tinham planos de casamento para breve. A vivência na capital não lhe agradava totalmente e após o casamento, regressaria à sua terra natal. Respeitei a sua decisão mas foi com algum pesar que deixei partir a minha empregada para todo o serviço que me proporcionou diversos momentos de puro prazer


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Encontro


Uma oficina literária. Ela professora. Ele aluno. Ela com mais de quarenta. Ele com trinta. Ela ensinava. Ele também aprendia. Todos os livros que ela recomendava ela já havia lido. Ela encantada. Ele encantador. Ela esquecia dos outros quando ele a olhava. Saía da sala suspirando , mas logo suspendia os devaneios.
Aquele menino bonito e inteligente deveria ter mulheres em demasia em seu entorno. Talvez uma só já o tinha. Sinais? Não. Devia ser desejo inventando mais uma historinha de amor e ela já cansara de seus delírios. Era uma mulher cheia de vida íntima e exalava sua sensualidade por mais que tentasse se proteger desse caminho.
Trocavam poucas palavras na sala. Nada pessoal. Por isso a surpresa quando recebeu um e-mail do aluno, roteirista pronto, que só precisava ser descoberto para estrelar. Ele perguntava se poderiam se encontrar em outtro lugar. Ela não sabia o que responder e fez outra pergunta. Quis saber do que se tratava. Ele disse que só pessoalmente lhe diria e que não era sobre textos. Era sobre ele e sobre ela, que ficou perturbada com tamanha ousadia.
Ainda assim sem pensar aceitou e marcou em um barzinho perto de sua casa na tarde do dia seguinte. Estaria segura, embora ele não demonstrasse ser perigoso e sim misterioso.
Na hora combinada chegou ao lugar marcado. Nervosa como uma menina no primeiro encontro, dizia para si mesma que poderia não ser nada daquilo. Quem sabe ele queria uma conversa apenas, com uma mulher mais experiente.
Assim que o viu os olhos do danado já a desnortearam. Ela se esforçou para parecer natural. Ele falava pouco. Ela cada vez menos entendia o motivo daquele encontro. De repente ele parecia se despedir. Ela nem tinha palavras e rindo levantou-se com ele para sair.
_ Vamos para a sua casa ou para minha?
_ Como?
_ Para onde você prefere ir.
Sem saber ainda como agir naquele roteiro que só ele conhecia, mas querendo saber até onde iria, ela lhe disse:
_ Siga-me. Vamos para a minha.
Esperou-o no estacionamento do edifício. Ele ocupou a vaga de visitantes. Dentro do elevador se olhavam e cada vez chegavam mais perto um do outro. Um casal e uma criança entraram na portaria. Décimo andar. Enquanto ela abria a porta, sentia-o respirando atrás de si e seu corpo já atendia ao chamado. Entraram em casa e ele a beijou íntima e lentamente. Um beijo para não se esquecer e para expulsar a razão. Roupas jogadas ao léu. Seu corpo tinha urgência do dele e fome. Ela o degustou com prazer levando à garganta,depois de aquecê-lo com mãos, lábios e lingua. Ela se deliciava com o prazer oral e o olhava com paixão. Ele devolveu com preciosa dedicação as lambidas e os toques aumentando o tesão. A sala cheirava já cheirava a sexo quando ele a deitou no sofá e a penetrou. Ela o envolveu com umidade levemente pegajosa, espamos, pernas e movimentos ondulantes. Ele a preencheu toda entre gozos e convulsões.
Ele saiu e deixou suas marcas no corpo da mulher madura. Deixou também sua alma levitando. A espera do próximo encontro, que ela agora já previa.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

MILF, O Mito da Vizinha de Baixo


MILF significa "Mother I’d like to fuck", isto é, "Mãe que eu gostaria de ter comido", ou algo assim.Se vocês entrarem num site pornográfico qualquer, verão várias categorias: anal, negras, gordas etc. E, possivelmente, verá lá também uma sigla: "MILF". Se vocês clicarem em "MILF", serão, provavelmente, levados a uma página com várias fotos, onde, escolhendo-se uma e clicando-se sobre ela, você verá uma galeria com várias fotos desta mulher, em poses eróticas, sexuais, ou pornográficas. Penso que este conceito nasceu a partir do filme American Pie onde um adolescente mantinha uma relação com a mãe de um dos seus amigos. Não me refiro exclusivamente a uma relação com uma mulher mais velha, até porque já existem algumas MILFs mais ou menos da minha idade, refiro-me a fantasias e fetiches com mulheres maduras com forte apelo sexual.


Estas mulheres nas páginas de MILF não necessariamente são mães. Significa, geralmente, que têm mais de 30 anos. Mas o ponto não é apenas a idade, pois não são belíssimas modelos balzaquianas. Algumas, pelo contrário, são até bem feias. Na prática, MILF significa mulheres "normais", aquelas que vocês vêem ao circular pelas ruas. Muitas dessas mulheres nas páginas de MILF são gordinhas. Algumas são obesas. Outras têm os peitos caídos. Celulites. Umas já passaram não dos 30, mas mesmo dos 40, dos 50... Muitas, certamente, são mães mesmo. Algumas podem ser avós. Os próprios ensaios fotográficos tentam realçar esse lado "caseiro" das MILF: pouca produção, às vezes ao lado de um fogão , na garagem ou em casas nos subúrbios.As páginas de MILF fazem-nos levantar uma hipótese: o normal virou uma perversão. A razão do sucesso deste novo fenómeno é muito simples. Acontece que, na vida real, os homens fodem é geralmente com as MILF, e não com as "top". Então, por que, para esse homem comum, o MILF é uma perversão? Não, não é! O seu fetiche, o seu inalcançável, é mesmo a top, a capa da Playboy. Apesar destas top serem minoria, serem excepção à regra, desejá-las não é considerado perversão. Por quê? Porque é para elas que a cultura de massas empurra o nosso desejo, quase nos obriga a querê-las mais do que a uma MILF. O homem comum fode com a mulher comum, deseja-a, mas seu fetiche é a top, e esse desejo não é perversão porque é "o esperado" (pela cultura de massas).


A perversão real é fugir do culturalmente esperado. Isto é, desejar uma MILF mais do que se deseja uma top. Ter a opção de entrar numa página de jovens bem feitas e preferir entrar numa de trintonas gordinhas. Esse desejo que nada contra a corrente cultural é considerado pervertido. Talvez, em cada época, o fetiche seja sempre o que esteja mais difícil de ser encontrado, adquirido, possuído. Se é dito que a humanidade nunca esteve tão obesa, na época do Renascimento talvez as gordinhas fossem produto escasso, por isso fossem cultuadas. O humano quer o inalcançável, o mais difícil. "Se as mulheres a meu redor são MILF, quero a top." O pervertido, naquela época, seria desejar uma magra, preferir uma magra. O pervertido é aquele cujo desejo foge do desejo da massa. Como a massa sempre irá desejar o que não faz parte da massa (não tudo o que foge, mas um tipo específico, padronizado - no caso, hoje, as jovens magras e cheias de silicone), pervertido é também aquele que deseja o que está na massa.


A cultura de massas fez o homem que deseja o normal ser considerado um pervertido. Ela inverte totalmente os valores, portanto. O que deveria ser considerado um desejo normal, passa a ser pervertido. A fetichização da mulher comum, a comercialização dela, é fruto do capitalismo selvagem. Alguém pensou: "Por que não vendemos fotos de mulheres comuns?". Não foi esse vendedor que inventou o desejo por MILFs - esses "pervertidos" sempre existiram. O que o vendedor faz resume-se a: (1) comercializar para os que já desejam e (2) criar novos mercados. Ele cria esses mercados automaticamente, quando começa a vender a MILF.Assim, não estavam a oferecer-se para o mercado do sexo - o mercado é que teve que ir atrás delas.Talvez colocando anúncios nos jornais. Ou, talvez, indo directamente à caça. É interessante imaginar a abordagem. O encarregado de encontrar as MILF para os ensaios não deve chegar às senhoras perguntando directamente: "Quer posar para um ensaio pornográfico?". Deve usar um convencimento gradual: "Você é muito bonita, sabia?" Ela se assusta um pouco: "Eu?". "É! Eu tenho um site, que expõe fotos de mulheres maduras e bonitas, você não aceitaria fazer umas fotos? Pagamos bem!". Depois é que ela será convencida a ficar nua. Depois, a abrir as pernas. Depois, a enfiar brinquedos eróticos na vagina. Depois, a ter relações sexuais com desconhecidos(as). O dinheiro e o ego inchado não poupam ninguém. Nem as MILF.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A Festa



Em Dezembro do ano passado, a Cláudia convidou-me para uma festa de aniversário de uma tia no apartamento da sua mãe. Aceitei o convite um pouco a contragosto. Já sabia o que me esperava. Algumas idosas que falam pelos cotovelos e alguns políticos do estado que me entediam facilmente com as suas conversas.
Estava uma noite bastante quente. Chego ao apartamento da mãe dela por volta das nove da noite. Ainda estavam poucas pessoas, mas a pouco e pouco, o ambiente foi-se compondo com a chegada das temidas sexagenárias, dos políticos, primos, tias e sobrinhos. Algum tempo depois, sentia-me sufocar, ora pelas conversas desinteressantes ora pelo calor insuportável que se fazia sentir. Pelo canto do olho, ia observando a Cláudia. Eu gosto de a ver produzida e nessa noite ela encontrava-se impecavelmente maquilhada e com um insinuante vestido branco que lhe acentuava generosamente as curvas do corpo. Ela estava muito mais à vontade do que eu naquele ambiente. Ela conhecia a maioria das pessoas e ia tentando dar atenção a todos, já que as suas aparições no seio familiar tinham diminuído bastante nos últimos dois anos, quando se tinha mudado para a sua pousada no litoral norte do estado.

Eu estava sentado num sofá, tentando passar despercebido. Ao meu lado, uma amiga de Cláudia tagarelava sem parar. Uma quarentona já divorciada que apenas se sabia queixar do seu ex-marido e dos filhos que atravessavam as habituais crises da adolescência. Eu aproveitava para me encharcar em whisky e ia fumando alguns cigarros, com a esperança que ela se espantasse com as nuvens tóxicas que eu ia expelindo. Ás tantas, sinto um rubor nas faces e uma leve tontura. Parecia que o álcool me estava a subir à cabeça. A transpiração escorria pelas minhas costas e temia ficar indisposto. A Cláudia aproxima-se de mim com o intuito de me dar atenção e pergunta se está tudo bem comigo. Peço-lhe para sairmos um pouco dali, já que o calor me estava a incomodar e não me estava a sentir muito bem. Ela leva-me até ao seu antigo quarto, abre a porta da varanda e ficamos por ali a rir das conversas que já tínhamos escutado naquela noite.
Enquanto conversamos, vou observando o seu corpo com especial incidência para o decote que tornava o seu vestido ainda mais apelativo. Ela sorri e parece querer adivinhar os meus pensamentos, Sem proferir uma única palavra, puxo-a para junto de mim e beijo-a. A Cláudia corresponde de imediato, invade a minha boca com a sua língua quente e irrequieta. Aproveito para lhe percorrer o corpo com as minhas mãos. Levanto-lhe o vestido e apalpo-lhe as nádegas firmes. A temperatura aumentava novamente, apesar da brisa fresca que se fazia sentir na varanda. A Cláudia abre a minha braguilha, tira o meu pénis para fora e vai-me masturbando lentamente enquanto me continuava a beijar. Correspondo ao seu movimento, metendo-lhe a mão por dentro das cuecas. Já se encontrava completamente molhada e escutava os seus gemidos.
A proximidade dos prédios vizinhos deixou-a um pouco intimidada e conduz-me novamente para dentro do quarto.

Estávamos completamente enlouquecidos de excitação e empurro-a contra a parede. Continuo a beijá-la com fervor e torno a meter-lhe as mãos no seu sexo molhado que pulsava de desejo. De repente, coloco-a de costas para mim, subo-lhe o vestido, desvio as cuecas para o lado e penetro-a profundamente. Ela apoia-se com as mãos na parede enquanto a fodo por trás desenfreadamente. A minha ligeira embriaguez faz-me sentir um pouco tonto mas nem por isso abrando o meu ritmo. Tentamos não fazer barulho para não despertar a curiosidade de algum convidado mais curioso. Momentos depois, ela encosta o rosto na parede e estremece num orgasmo intenso, apertando-me o pau em pulsões de prazer. Eu também estava prestes a gozar e peço que ela se ajoelhe a meus pés. Ela chupa com volúpia e venho-me copiosamente na sua boca. As minhas pernas fraquejam momentaneamente e uma golfada de esperma acaba por lhe atingir os cabelos. Nesse mesmo momento, ouvimos batidas na porta do quarto. Ficamos completamente atrapalhados e fujo para a varanda com as calças pelos joelhos. Enquanto me recomponho, escondido por detrás dos cortinados que ocultavam a minha figura caricata na varanda, vejo entrar a divorciada que me tinha massacrado momentos antes com as suas conversas. A Cláudia estava suada, bastante vermelha e parecia gaguejar um pouco. A amiga parecia um pouco desconfiada mas lá se foi embora momentos depois. Não conseguimos reprimir um forte ataque de riso.
Durante o resto da noite, eu e a Cláudia olhávamos um para o outro bastante divertidos e com gestos de cumplicidade. Excitava-me a ideia de falarmos com as pessoas com os cheiros um do outro. Ao final da noite e já durantes as despedidas, a tal amiga divorciada pergunta à Cláudia que coisa era aquela que estava colada nos seus cabelos, reforçando ainda mais as desconfianças que já deveria ter. Entreolhamo-nos divertidos, desviamos o assunto e escapulimos dali para fora o mais rápido que nos foi possível.



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Língua


Minha língua
Vive seus caminhos
Sorvendo sabores
Plantando o terreno
Dos meus tremores.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Páscoa


Os proprietários do motel desejam uma doce Páscoa para todos os nossos leitores e amigos!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

The Informers


Aguardo ansiosamente a adaptação do livro The Informers , de Bret Easton Ellis, um dos meus escritores preferidos, com argumento do próprio autor (em colaboração com Nicholas Jarecki) e realização de Gregor Jordan; o elenco inclui, entre outros, os nomes de Kim Basinger, Billy Bob Thornton, Winona Ryder, Chris Isaak e Mickey Rourke. Apresentado no último Festival de Sundance, o filme chegará aos ecrãs americanos durante este mês. É o quarto livro de Ellis a ser transposto para cinema, depois de Menos que Zero (Marek Kanievska, 1987), American Psycho (Mary Harron, 2000) e As Regras da Atracção (Roger Avary, 2002).
Mais uma vez viajaremos por um mundo de riqueza, glamour, sexo e personagens densos entregues à sua natureza nihilista e auto-destrutiva...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Reviver Lisboa


Batida que está a zona do Conde Redondo, passo a outro lado da cidade. Atravesso a Duque de Loulé e observo o movimento nas portarias do Night and Day, do Gallery e do Confidencial. Muito próximo, o cinco estrelas da noite lisboeta, o conhecidíssimo Elefante Branco. Porteiros e arrumadores de carros a postos, a noite está quase a atingir o auge, vêem-se mulheres de sonho sair acompanhadas de executivos, já com a gravata de lado. Estes casais não vão para as pensões rascas, o destino são as residenciais de luxo, com quartos espelhados e bar, e que custam mais de três contos, fora o prazer. Esse, nunca inferior a quinze brasas. Quando se trata de um cliente antigo, não usam preservativo e cobram só dez, ou então vão com os clientes para os quartos de hotel. Esta zona é de elite e tem de pagar-se como tal, porque elas também são cinco estrelas. Inevitavelmente passo em frente à Cave Velha e desço a António Augusto de Aguiar para ver de perto o vai-vem do Hipopótamo, outra das melhores e mais deslumbrantes casas nocturnas da capital, tudo la finesse, clientes e mulheres. Há quase uma hora que ando nisto, mulheres a entrarem nos carros dos clientes, mulheres a saírem das boites, homens com os olhos ávidos de sexo, alguns têm idade de ser pais da companheira alugada por instantes, e outros até mesmo avós. Ninguém repara.

João Pina in Dor de Corno (1995)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sopro no Ouvido


Sereno em saber
Que a lascívia que me toma
Ao deitar com você
É o que me tira do trilho
Para não morrer.

domingo, 5 de abril de 2009

Congresso de Naturismo - Tambaba


Matéria humorística do programa brasileiro Pânico na TV, realizada durante a realização do Congresso de Naturismo na praia de Tambaba nas proximidades da cidade de João Pessoa, no nordeste brasileiro.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma Tarde das Arábias


Hoje recordo uma das tarde de prazer que tive com a Cláudia. Ainda nos conhecíamos há bem pouco tempo e decidi desafiá-la para uma ida a um motel na cidade que tinha uma decoração alusiva ao mundo árabe.
Marcamos encontro ao final da manhã e partimos de imediato para o motel. Mal entramos na suíte, Cláudia envolve-me num abraço sedutor e beija-me intensamente. A sua língua quente na minha boca logo me desperta uma forte erecção. Faço-a ajoelhar de imediato a meus pés, baixo as calças e ponho-a a mamar. Como sempre, ela devora-me na perfeição em perfeitos exercícios de garganta funda que me enlouquecem. Eu queria libertar-me um pouco de toda aquela pulsão sexual que me invadia e não tarde a libertar o meu gozo no seu rosto, fazendo-a delirar. Por momentos serenámos um pouco e mandamos vir o almoço. Ficamos por ali a conversar sobre banalidades. No entanto, quando estamos juntos torna-se difícil ficarmos sossegados durante muito tempo e o meu imaginário já fervilhava de novo.
Levo-a até à cama que era envolta por véus e decido compensá-la do prazer que me tinha proporcionado momentos antes. Dispo-a lentamente enquanto nos beijamos carinhosamente. Vou percorrendo o seu corpo com beijos e chego enfim, ao seu centro de prazer. Lambo-a com ferocidade, sorvendo com gosto aquele líquido agri-doce que escorria dela abundantemente. Demoro-me por ali durante uma eternidade, fazendo-a gemer intensamente. A sua lubrificação era cada vez maior assim como o seu grau de dilatação. Pego numas esferas tailandesas que ela tinha trazido consigo. Sem tirar a língua do seu clítoris, vou introduzindo lentamente cada uma das esferas no seu rabinho. Creio que Cláudia já nem conseguia raciocionar naquele momento. Ela era pura luxúria. Rebolava sem parar, agarrava os meus cabelos e gritava obscenidades. Sinto-a estremecer por várias vezes na minha boca, enquanto ia introduzindo e retirando as esferas habilmente.

Aproveitando-me da sua enorme dilatação, introduzo três dedos na sua vagina e continuo a lambê-la. Eu já estava todo lambuzado e ela cada vez mais louca. Pedia mais. Às tantas, quase que consigo meter-lhe a mão inteira nas suas entranhas. Ela grita e diz que me quer chupar mais uma vez. Agora era a sua vez de me retribuir a sessão oral, fazendo-me um broche maravilhoso. Chupa-me lentamente, lambendo lentamente todos os recantos da genitália e vindo várias vezes com a língua cá atrás como eu gosto que ela me faça. Demorou-se por ali, durante o que me pareceu uma eternidade. Mas as nossas eternidades não são tediosas, antes pelo contrário, são momentos em que tentamos explorar ao máximo os limites do nosso corpo, tentando ir sempre mais além do que é convencional na maioria dos casais.
Era chegada a hora de lhe introduzir o meu pau que estava em erecção máxima. Fodemos sem parar e em várias posições. Normalmente, depois de gozar a primeira vez, demoro bastante para atingir o segundo orgasmo e aproveitamo-nos desse facto para relembrar algumas posições, algumas vezes esquecidas. Durante esse período, sinto-a estremecer mais uma ou duas vezes até que momentos depois, liberto a minha segunda ejaculação nos peitos da Cláudia. Estávamos esgotados. Refescamo-nos com água de coco, tomamos um banho e deitamo-nos mais uma vez.

Enquanto conversávamos, eu ia fazendo zapping na televisão da suíte. Num dos canais para adultos, passava uma cena lésbica em que duas mulheres se divertiam com um vibrador. Cláudia também tinha trazido o seu. Aproveito a sugestão para lho pedir. Desço mais uma vez em direcção à sua vagina e delicio-me com aquele sexo carnudo e molhado. Logo depois, vou-lhe metendo o vibrador na vulva enquanto eu continuava a sugar o seu clítoris cada vez mais inchado. Não demorou muito para que ele entrasse por completo e ela tivesse mais um magnífico orgasmo. Ela também me quis mamar mais uma vez. Ponho-me de pé na cama, ela ajoelha-se e vou-lhe fodendo literalmente aquela boca. Numa atitude insano, peço que ela introduza o vibrador no cu. Ela diz-me que acha que não é capaz, tem receio de se magoar. Eu não desisto e vou estimulando-a com palavras. Cerca de dois minutos depois, ela solta um grito abafado e dou conta que o seu brinquedo já estava todo lá dentro. Foi a loucura total. Mais uma vez o instinto sexual sobrepunha-se á racionalidade.
A dado momento, comecei a ter inveja daquele pénis falso que parecia deixá-la regalada. Peço que pare de me chupar e tiro-lhe o vibrador do ânus que já estava bem dilatado. Ponho-a de quatro e penetro aquele rabo ardente. Abria-lhe bem as nádegas enquanto a ia fustigando com fortes bombadas. Ela pede que lhe dê uma palmadas. Não me faço rogado e dou-lhe umas valentes nalgadas. Verifico que a Cláudia se vai masturbando na frente e não tardou muito para libertar mais um gozo. Eu tardava em ejacular e já receava que aquilo se tornasse de certo modo um massacre anal. Porém, a Cláudia parecia estar a adorar e continuei aquele exercício delicioso. Minutos depois, venho-me nas sua entranhas, agarrando-a pelos cabelos e não conseguindo abafar um grito. Deixamo-nos tombar na cama completamente saciados.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Versos no Guardanapo

Namoradas sem amor
Conhecimentos de um dia
Encontros de uma só vez.
Sorrisos de perdedor...
Gozos de Utopia!