sexta-feira, 17 de abril de 2009

Encontro


Uma oficina literária. Ela professora. Ele aluno. Ela com mais de quarenta. Ele com trinta. Ela ensinava. Ele também aprendia. Todos os livros que ela recomendava ela já havia lido. Ela encantada. Ele encantador. Ela esquecia dos outros quando ele a olhava. Saía da sala suspirando , mas logo suspendia os devaneios.
Aquele menino bonito e inteligente deveria ter mulheres em demasia em seu entorno. Talvez uma só já o tinha. Sinais? Não. Devia ser desejo inventando mais uma historinha de amor e ela já cansara de seus delírios. Era uma mulher cheia de vida íntima e exalava sua sensualidade por mais que tentasse se proteger desse caminho.
Trocavam poucas palavras na sala. Nada pessoal. Por isso a surpresa quando recebeu um e-mail do aluno, roteirista pronto, que só precisava ser descoberto para estrelar. Ele perguntava se poderiam se encontrar em outtro lugar. Ela não sabia o que responder e fez outra pergunta. Quis saber do que se tratava. Ele disse que só pessoalmente lhe diria e que não era sobre textos. Era sobre ele e sobre ela, que ficou perturbada com tamanha ousadia.
Ainda assim sem pensar aceitou e marcou em um barzinho perto de sua casa na tarde do dia seguinte. Estaria segura, embora ele não demonstrasse ser perigoso e sim misterioso.
Na hora combinada chegou ao lugar marcado. Nervosa como uma menina no primeiro encontro, dizia para si mesma que poderia não ser nada daquilo. Quem sabe ele queria uma conversa apenas, com uma mulher mais experiente.
Assim que o viu os olhos do danado já a desnortearam. Ela se esforçou para parecer natural. Ele falava pouco. Ela cada vez menos entendia o motivo daquele encontro. De repente ele parecia se despedir. Ela nem tinha palavras e rindo levantou-se com ele para sair.
_ Vamos para a sua casa ou para minha?
_ Como?
_ Para onde você prefere ir.
Sem saber ainda como agir naquele roteiro que só ele conhecia, mas querendo saber até onde iria, ela lhe disse:
_ Siga-me. Vamos para a minha.
Esperou-o no estacionamento do edifício. Ele ocupou a vaga de visitantes. Dentro do elevador se olhavam e cada vez chegavam mais perto um do outro. Um casal e uma criança entraram na portaria. Décimo andar. Enquanto ela abria a porta, sentia-o respirando atrás de si e seu corpo já atendia ao chamado. Entraram em casa e ele a beijou íntima e lentamente. Um beijo para não se esquecer e para expulsar a razão. Roupas jogadas ao léu. Seu corpo tinha urgência do dele e fome. Ela o degustou com prazer levando à garganta,depois de aquecê-lo com mãos, lábios e lingua. Ela se deliciava com o prazer oral e o olhava com paixão. Ele devolveu com preciosa dedicação as lambidas e os toques aumentando o tesão. A sala cheirava já cheirava a sexo quando ele a deitou no sofá e a penetrou. Ela o envolveu com umidade levemente pegajosa, espamos, pernas e movimentos ondulantes. Ele a preencheu toda entre gozos e convulsões.
Ele saiu e deixou suas marcas no corpo da mulher madura. Deixou também sua alma levitando. A espera do próximo encontro, que ela agora já previa.


2 comentários:

LadyM disse...

Você foi perfeita na construção do ambiente, na descrição psicológica da personagem...Parabéns! Vejo que o Be está muito bem servido com uma mulher inteligente como você aqui no Blog. Beijo e bom dia...!

DESIRE disse...

Delícia de post!
Bom fim-de-semana!
Beijos prometidos